Imprimir

Notícias / Política MT

Presidente do sindicato do Socioeducativo diz que Paccola facilitou venda de arma para Japão

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Airton Marques

O presidente do Sindicato dos Agentes do Socioeducativo (Sindpss), Paulo Cezar de Souza, afirmou que o vereador tenente coronel Paccola (Republicanos) e o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa se conheciam, e que Paccola, inclusive, facilitou a venda da arma para Alexandre, mais conhecido como ‘Japão’.

Leia também:
Paccola afirma que Edna faz uso político da morte de agente socioeducativo para se promover eleitoralmente

Japão morreu na última sexta-feira (1), baleado por Paccola, na avenida Arthur Bernardes, próximo ao restaurante Choppão. Há duas versões apresentadas: o vereador afirma que o agente estava ameaçando a própria esposa com a arma. Já a esposa afirma que não houve ameaças e que Paccola “chegou atirando”.

“O que eu tenho certeza é que o vereador é empresário e conhece o Alexandre de tempos atrás, de o Alexandre participar de churrasco dos sócios do vereador, na chácara dele. O Alexandre comprou a pistola que provavelmente ele sacou, ou não sacou, que estava em poder dele naquele momento, com o vereador. Ele conseguiu um valor que eu, se eu for lá, eu não consigo pagar o valor, porque ele fez por amizade que ele tem com o Alexandre”, contou Paulo.

Na última segunda-feira (4), Paccola disse que conhecia o agente “de vista” e que não o reconheceu no momento em que atirou. Um vídeo divulgado mostrou que o vereador atirou em um momento em que Alexandre estava de costas e com as mãos para baixo.

Um grupo de agentes socioeducativos e de familiares de Alexandre se reuniu nesta terça-feira (5) na Câmara de Cuiabá, em protesto contra a morte. Ednei Aparecido, 53, que era colega de trabalho de Japão, cobrou que a Casa de Leis aja de forma imparcial.

“Que não tenha favorecimento para lado nenhum. Que a justiça seja feita, que a Polícia Civil possa fazer o trabalho investigativo e dar o resultado para a Câmara para ela poder agir, se é [quebra de] decoro não sei, mas que tem que ser feita alguma coisa, tem. Não podemos deixar um cidadão atirar pelas costas num companheiro da gente”, disse.
Imprimir