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Com quatro nomes na disputa, eleição ao Governo de Mato Grosso deve ficar polarizada

Da Redação - Airton Marques

Assim como na eleição nacional, a disputa pelo Governo de Mato Grosso deve ser polarizada entre o governador Mauro Mendes (União) e primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV). Correndo por fora, outros dois candidatos, o Pastor Marcos Ritela (PTB) e o professor José Roberto (PSOL).

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Disputando o Paiaguás pela terceira vez, Mauro é franco favorito. Natural de Anápolis, Goiás, o empresário de 58 anos foi eleito em 2018 com 840.094 votos (58,69%), desbancando o então governador e seu ex-aliado Pedro Taques (na época no PSDB).

Formado em Engenharia Elétrica, Mauro entrou na política eleitoral em 2008, quando perdeu o segundo turno com o então prefeito Wilson Santos (PSD). Em 2010, foi derrotado pelo ex-governador Silval Barbosa. Sua primeira vitória veio em 2012, quando venceu o segundo turno contra o deputado estadual Lúdio Cabral (PT). Em 2016, surpreendeu a todos e recuou da candidatura à reeleição, voltando a disputar dois anos depois.

Mauro terá novamente o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (Republicanos) como seu vice. A dobradinha também foi vista em 2010.

Após tentar um palanque aberto para ter um amplo arco de alianças, terá em seu palanque apenas os partidos: Republicanos, PL, MDB, Podemos, PSB, PROS e a Federação PSDB – Cidadania.

Apesar de deixar claro que não concorda com todos os posicionamentos do presidente da República, Mauro fechou aliança com Jair Bolsonaro (PL) e na última semana teceu fortes elogios ao capitão da reserva, especialmente na condução do país durante a pandemia da Covid-19.

Desafiante

No campo oposto, a esposa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disputa um cargo eletivo pela primeira vez. Seu nome foi confirmado um dia antes do fim dos prazos das convenções partidárias, após o grupo de oposição a Mauro, liderada pelo gestor da Capital, bater cabeça para encontrar uma candidatura viável.

O convite veio da direção nacional da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), que terá o ex-presidente Lula (PT) como candidato à Presidência. Sua chapa ainda terá o deputado federal Neri Geller (PP) como candidato ao Senado, em composição fechada diretamente com os líderes nacionais dos partidos de centro-esquerda.

Natural de Santa Izabel D’Oeste, no Paraná, é administradora de empresas e pós-graduada em Gestão Pública. Márcia terá como vice o ex-secretário Vanderlúcio Rodrigues, aliado de seu marido. Além da federação e PP, o arco de alianças fechado ainda inclui o PSD e Solidariedade.

Terceira via

Lutando para ser a terceira via, o Pastor Marcos Ritela, de 45 anos, chegou a pretender disputar vaga ao Senado, mas com a candidatura de Antonio Galvan, foi escolhido pelo PTB para buscar a secessão ao Paiaguás. Com as bençãos da Igreja Assembleia de Deus, terá como vice o Alvani médico veterinário e advogado Manoel Laurindo.

Ritela nasceu em Ubiratã, no Paraná e veio para Mato Grosso com um ano de idade, trazido pela família em pau de arara. Por um tempo viveu numa comunidade rural de Horizonte D'oeste, na região de Cáceres. Durante sua juventude trabalhou como sacoleiro, num laticínio e cooperativa.

Em sua primeira eleição, é pastor da Igreja Assembleia de Deus há mais de 20 anos e mora em Várzea Grande há mais de 10 anos. Já visitou todos os 141 municípios, 17 países levando a missão do evangelho e visitou os Estados Unidos por mais de 20 vezes.

PSOL-REDE

Em sua segunda disputa ao Governo de Mato Grosso, o servidor público Moisés Franz, de 56 anos, terá como vice Franq Melo. Natural de Poá, em São Paulo, ficou em último lugar na eleição de 2018, com 14.724 votos (1,03%). Disputa neste ano pela Federação PSOL-REDE.
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