Da Redação - Airton Marques / Do Local - Jardel P. Arruda
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), afirmou nesta quarta-feira (10) que a Operação Poço Sem Fundo, deflagrada pela Polícia Civil para apurar desvios na Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), não pode ser usada como argumento para justificar a extinção da autarquia, determinada pelo governador Mauro Mendes (União).
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“Se qualquer órgão que tiver uma operação ou um ilícito a gente for extinguindo, a gente tem que, por exemplo, o INSS, vamos extinguir o INSS, vai acabar as aposentadorias das populações? Lógico que não. O que nós precisamos é que o que houve de ilícito seja apurado, punido os infratores. A gente não pode acabar com a política pública por causa de problemas cometidos por gestores”, disse Russi.
A Polícia Civil cumpriu 13 mandados judiciais nesta quarta-feira em Cuiabá e outros municípios, como parte da segunda fase da operação. A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), apura fraudes em contratos de perfuração de poços artesianos firmados pela Metamat entre 2020 e 2023, que teriam causado prejuízo de pelo menos R$ 22 milhões, segundo auditorias da Controladoria Geral do Estado (CGE).
Para Russi, o setor de mineração deve ser fortalecido e tratado como estratégico, assim como o agronegócio. “Nós precisamos ter uma política pública para mineração no estado de Mato Grosso. Temos condição de gerar emprego, renda e desenvolvimento. Não podemos depender de um único setor. Temos que expandir para mineração, agroindustrialização, turismo, industrialização. Esse é o caminho para o crescimento do estado”, declarou.
Em novembro de 2024, o governo estadual decidiu extinguir a Metamat, transferindo suas atribuições para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). À época, o governador Mauro Mendes (União) argumentou que a medida visava dar maior eficiência às ações e reduzir custos.