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Notícias / Cidades

Reforma dos calçadões devolve consumidores ao Centro Histórico

Assessoria-IPDU

A reforma dos quatro calçadões, que compreendem as ruas Antônio Maria, Galdino Pimentel, Antônio João e Ricardo Franco está levando mais consumidores e estimulando a ocupação de imóveis comerciais no Centro Histórico de Cuiabá.

A última rua a ser entregue restaurada, na semana passada, foi a Ricardo Franco. Essa é a primeira grande obra executada nessas ruas desde a criação dos calçadões, há mais de 20 anos, pelo então prefeito Dante Martins de Oliveira.

Através de projeto elaborado pelo Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano(IPDU), órgão da Prefeitura de Cuiabá, o antigo piso das quatro ruas, em cerâmica portuguesa, foi substituído por blocos intertravados. Além disso, a Prefeitura criou espaços de estar ao longo das ruas, uma espécie de mini praça com banco em madeira, paisagismo e iluminação especial.

Para o empresário João Batista Marcos de Abreu, dono de uma loja(Victória Surf) na Ricardo Franco há 25 anos, as obras estão ajudando o comércio central a recuperar parte das perdas sofridas com a chegadas dos shopping centers.

Conforme Abreu, os centros fechados de compras provocaram uma debandada de consumidores das mais antigas áreas comerciais. Agora, com as melhorias executadas, diz, o consumidor está retornando e percebendo que dispõe de variedade, qualidade, bons preços e segurança nas lojas de rua centrais.

Walberes Brito, proprietário da Marina Calçados, compartilha a análise do colega empresário. No ramo há 22 anos, Brito destacou que é visível o aumento de pessoas em compras e circulando pelas ruas centrais.

Conforme Brito, a reforma dos calçadões era uma reivindicação antiga dos empresários que jamais recebeu a atenção merecida dos gestores municipais. Por diversas vezes, lamentou ele, oficializaram o pedido a prefeitos e secretários, sem obter resposta.

O presidente da Associação de Lojistas do Centro Histórico, Paulo Salem Pereira, completou que o único prefeito que assumiu o projeto de restauração foi Wilson Santos.

Salem observou que o projeto dos lojistas é mais amplo, compostos de mais de 20 itens, incluindo a sinalização dos imóveis históricos, rebaixamento da fiação de energia e telefonia, ocupação de prédios por órgãos públicos e a inclusão do Centro Histórico no roteiro turístico de Cuiabá.

Em compras no Centro, a comerciaria Mariana dos Anjos Pereira e Silva, 29 anos, que trabalha no bairro do Porto, disse que voltou a freqüentar as lojas centrais por acha que os aspectos das ruas melhoraram com a reforma.

“As próprias lojas estão mais bonitas”, diz, enquanto descança, na companhia da filha Larissa, de seis anos, em uma das novas pracinhas do calçadão da Ricardo Franco.

De acordo com a presidente do IPDU e autora do projeto de restauração, foram investidos pouco mais de R$ 700 mil nessas obras, recursos próprios da Prefeitura.

Adriana lembrou que a reforma era necessária e buscada há quase 10 anos pelos lojistas. Ela diz que ficou satisfeita ao saber que as melhorias já estão se revertendo em mais vendas, empregos e consumidores nas lojas do Centro Histórico.

Os dois pequenos trechos que ficaram fora dessa etapa de restauração, nas ruas Cândido Mariano e Avenida Getúlio Vargas, a presidente do IPDU disse que serão replanejados e licitados em breve.
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