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Maggi 'assume' responsabilidade por realização no megaconcurso

Da Redação - Marcos Coutinho e Alline Marques

Num gesto que pode ser considerado de alto risco, mas, inegavelmente, também de coragem e audácia, o governador Blairo Maggi (PR) decidiu chamar para si a responsabilidade sobre o megaconcurso público que vai preencher 10 mil vagas no âmbito da administração estadual. O exame foi cancelado no último domingo (22) após denúncias de falhas de logísticas, fraudes e de graves irregularidades.

Diante de um situação inevitável de desgaste, Maggi optou em "cacifar", neste primeiro momento, segundo fontes muito próximas a ele, a Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), responsável pela elaboração das provas e por toda logística de distribuição e aplicação dos exames. 

Segundo apurou o Olhar Direto, entre a noite de quinta e a madrugada de hoje, de acordo com as mesmas fontes, o chefe do Executivo estadual, após ouvir opiniões contra e a favor da Unemat, manteve sua disposição em "apostar todas as suas fichas na instituição e nos demais responsáveis e co-responsáveis" pelo megaconcurso.

Inclua-se aí, nesta atitude de risco, o secretário de administração, Geraldo De Vitto, alvo da "cobiça política" de gente do próprio governo e, sobretudo, dos mais críticos contra os erros e falhas cometidos em todos o processo.

"O senhor (o governador) toma uma decisão arriscada, mas é preciso se cercar de todos os cuidados possíveis, exigir aplicação e mudar as regras do jogo de modo que os erros e falhas não se repitam no segundo concurso", afirmou um parlamentar estaudal, para Maggi, logo após a posse do empresário Mauro Mendes, como presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), na madrugada de sexta-feira (27).

O governador terá a missão de acompanhar cada passo do novo concurso e ditar as regras para tentar evitar um novo vexame. Além disso, precisará ter tato com sua equipe para evitar "armações" políticas, afinal o momento é de pré-campanha e todos reconhecem o peso político de Maggi, candidato ao Senado.

Maggi deixou clara sua insatisfação com o secretário de Estado de Administração, Geraldo De Vitto, durante a coletiva realizada na quarta-feira (25) para anunciar as novas datas das provas previstas para os dias 31 de janeiro e 21 de fevereiro. Na entrevista, o governador sequer permitu que De Vitto falasse sem sua autorização. 

Em sete anos de mandato, o caótico concurso público talvez tenha sido um dos maiores desgaste enfrentado pelo governador Blairo Maggi, por isso não há mais chances para errar. 

Atualizada às 10h09 
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