A defesa do secretário-adjunto de Assistência Social, José Rodrigues Rocha Júnior, preso ontem (2) pela Polícia Federal por porte ilegal de arma, afirma que ele não sabia da existência da arma e cobra investigação da polícia. O advogado José Rocha, que é pai do adjunto, disse em entrevista ao
Olhar Direto que o revólver calibre 357 de uso restrito encontrado na mala teria sido colocado por alguém com a intenção de encaminhá-la para Brasília (DF), destino pelo qual Júnior iria seguir.
A prisão em flagrante ocorreu no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, após o detector de metais apontar a presença da arma na esteira de raio-x e ainda nove munições. “Quem em sã consciência iria para um aeroporto com um revólver, sabendo que poderia ser preso e ainda por exercer o cargo que ele ocupa?”, indagou Rocha.
O advogado ressaltou também que a Polícia Federal investiga uma suposta rede de traficantes que usa como método colocar armas nas bagagens com destino a capital federal. Dessa forma, José Rocha acredita que o filho teria sido vítima da tal prática e pede investigação.
Ele contou ainda que o adjunto estava de férias e iria para a casa de familiares. O adjunto é um dos assessores da primeira-dama, Terezinha Maggi, que coordena a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs).
Zé Rodrigues passou a noite no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros e foi liberado na tarde desta quarta-feira (3). O juiz da Vara de Execução Penal, Adilson Polegato de Freitas, concedeu liberdade provisória.
Ele foi indiciado de acordo com o artigo 16 da Lei 10.826/2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição. A pena prevista para o crime é de 3 a 6 anos de reclusão e multa.
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