O empresário Mauro Mendes (PSB) parece irritado com o assédio dos adversários em cima dos partidos aliados à candidatura do socialista e enviou um recado aos concorrentes.

“Deixem eu trabalhar, parem de cooptar meus partidos. A população tem o direito de escolher”, afirmou em entrevista à rádio CBN nesta quinta-feira (18), logo após reafirmar sua candidatura ao governo.

Os partidos do bloco de esquerda, que dão sustentação à candidatura de Mendes, têm sido pressionados a mudar os rumos. O PPS enfrenta resistência da Executiva Nacional, principalmente pelo fato do partido dar palanque para Ciro Gomes (PSB), pré-candidato a presidente e “inimigo” do presidente do PPS, Roberto Freire.

Além disso, o racha no PPS é tanto que a última reunião para discutir os rumos do partido terminou em pancadaria entre os militantes dos diretórios municipal e estadual. O grupo liderado pelo secretário do partido Elismar Bezerra e o vereador Ivan Evangelista defendem uma aliança com o prefeito Wilson Santos (PSDB). Enquanto o grupo do presidente do PPS, deputado Percival Muniz, apoia Mendes.

Já o PDT tem sido assediado pelo vice-governador Silval Barbosa (PMDB), que aproveitou a ida a Brasília para solicitar a intervenção da Executiva Nacional no estado, sob alegação de que a sigla pedetista estará no palanque da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (PT).

Apesar dos entraves, Mendes, que foi muito pressionado pelos correligionários para assumir a candidatura, adiantou que independente dos demais partidos poderá ser candidato isolado no PSB. Questionado sobre a confirmação de sua candidatura, Mendes foi enfático: “só não serei candidato se Deus não quiser ou meu partido não deixar”.