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Terça-feira, 11 de junho de 2024

Notícias | Agronegócio

Mitsui mira investimentos em alimentos, fertilizantes e infraestrutura

A multinacional japonesa Mitsui & Co está procurando mais alvos fora de seus negócios tradicionais de commodities. Com o montante parado no caixa de US$ 17 bilhões, a trading que tem a maior parte de sua receita a partir do minério de ferro agora quer ativos nas indústrias de alimentos, fertilizantes e de transportes.


“Áreas que esperamos fortalecer e queremos focar são alimentos, produtos químicos, máquinas e infraestrutura”, disse Iijima. A Mitsui também pode olhar para ativos de fosfato e potássio (fertilizantes), revelou o CEO da companhia, Masami Iijima.

O objetivo da Mitsui, que atua no mercado há 136 anos, é impulsionar o chamado lucro a partir de recursos não naturais em 30% nos próximos seis anos, disse Iijima. Este lucro foi em torno de 6% no ano passado, como mostram os dados da empresa. Esses recursos não naturais geraram 150 bilhões de ienes (US$ 1,82 bilhão) no lucro líquido da companhia.

“O minério de ferro e o carvão coque não terão a mesma expansão que há uma década, portanto para os traders significa se mover ou se ajustar para alimentos, entre outros setores”, afirmou Benoit Descourtieux, presidente da OP Investment Management, em Hong Kong. Descourtieux acrescentou que há mudança na oferta e demanda de alimentos que foi vista no setor de minério de ferro dez anos atrás e que a Mitsui deveria ser direcionar às companhias de matérias-primas e produtos processados, além de olhar para fertilizantes na China.

A empresa poderia investir em projetos de fertilizantes com parceiros já existentes, de acordo com Penn Bowers, analista da CLSA Asia-Pacific Markets. A Mitsui é mais propensa a comprar empresas produtoras de fertilizantes que fornecedores de grãos, afirma Bowers, sem citar nome de empresas.

No acumulado do ano, a Mitsui fez 29 aquisições, incluindo compras feitas por meio de joint ventures, avaliadas em US$ 6,9 bilhões em setores que vão desde mineração, saúde e energia, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Os resultados dessas aquisições vão demorar de três a cinco anos para amadurecer, segundo Satoshi Tanaka, diretor de operações da unidade de serviços ao consumidor da Mitsui. Tanaka não detalhou as metas de investimento.

A Mitsui e outras quarto maiores tradings japonesas – Mitsubishi, Itochu, Sumitomo e Marubeni- gastaram mais de US$ 85 bilhões em aquisições desde 2007, em relação aos US$ 28,5 bilhões nos cinco anos anteriores, segundo pesquisa da Bloomberg.





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