Mais de três mil famílias indígenas e quilombolas em situação de extrema pobreza em três estados brasileiros terão auxílio do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Duas chamadas públicas para contratar empresas que prestam serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) foram republicadas na última semana, com o objetivo de incluir esses agricultores familiares na rota de produção rural. No total, o recurso investido com essa ação será de quase R$ 10 milhões.

O prazo para a execução de cada um dos contratos pelo Plano Brasil Sem Miséria é de 24 meses. Os serviços, que serão iniciados até o começo de 2014, atenderão a 1,1 mil famílias de quilombolas dos estados de Goiás, 500 no Maranhão e a 1,5 mil famílias de indígenas de Mato Grosso. Para atender os quilombolas, as instituições interessadas, públicas ou privadas, têm até o dia 10 de outubro para enviar as propostas. No caso dos indígenas, o prazo vai até o dia 11 de novembro.

O coordenador-geral de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira, acredita que, com essas chamadas, essas famílias terão acesso à produção e à cidadania. “À medida que chegamos com os serviços de Ater, contribuímos para a capacitação e para a melhoria do processo produtivo. É um trabalho que só tende a fortalecer as comunidades”, diz.

Dentre as atividades a serem realizadas com as famílias, estão o diagnóstico socioeconômico dos agricultores e comunidade e o projeto de estruturação produtiva, com um fomento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) no valor de R$ 2,4 mil para cada família.

“Essas chamadas fazem parte de uma estratégia do Governo Federal para melhorar a condição de vida dessas populações que fazem parte do Brasil Sem Miséria. E o MDA vem aperfeiçoando, cada vez mais, as ações voltadas para essa parcela da população”, completa Edmilton.