A Organização das Nações Unidas (ONU) baixou resolução na qual declara 2013 como o Ano Internacional da Quinhoa, grão que é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um superalimento para o combate à fome no mundo devido ao seu potencial energético.

O grão é muito utilizado na culinária andina, caracterizada pela diversidade de ingredientes de origem vegetal. Só para se ter uma ideia do seu potencial, uma colher de sopa do cereal tem o mesmo valor nutritivo de um prato de arroz.

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A utilização do grão para combater a desnutrição foi tema de sessão solene na Câmara dos Deputados na última terça-feira (29.10). Parlamentares ligados à agricultura familiar defenderam o incremento de investimentos em pesquisa para ampliação do plantio.

De acordo com a deputada Luci Choinacki (PT-SC), a quinoa é um alimento importantíssimo no combate à fome e para a saúde da população.

“O alimento pode ser produzido com facilidade e rapidez, dispensando fertilizantes químicos e pode ser fonte de renda para pequenos agricultores”, afirmou ao dizer que vai se empenhar para incentivar o cultivo do cereal.

Ao lembrar do Plano Brasil Sem Miséria, o deputado Amauri Teixeira (PT-BA) observou que o plantio da planta pode ser incorporado aos programas de combate à fome e à desnutrição. “Precisamos aperfeiçoar esse programa, qualificando ainda mais a alimentação”, sugeriu.

Instituído por sugestão do presidente da Bolívia Evo Morales, o Ano Internacional da Quinoa é uma forma de um reconhecimento aos povos indígenas que preservaram a quinoa através do conhecimento e práticas tradicionais passadas através dos tempos.

A quinoa não é exatamente um grão, nem um vegetal. É um ‘pseudo’ cereal, parte do gênero Chenopodium e relacionado com a beterraba e o espinafre. As sementes de quinoa são isentas de glúten e têm todos os aminoácidos essenciais, oligoelementos e vitaminas necessários para a sobrevivência. Devido ao seu alto valor nutricional, os povos indígenas e pesquisadores o chamam de “o grão de ouro dos Andes”.

A Bolívia e o Peru são responsáveis por mais da metade das 70 mil toneladas de quinoa produzidas anualmente, com os Estados Unidos responsáveis por cerca de 7 mil toneladas e a França logo atrás, segundo relatórios da FAO. A quinoa é resistente, ela vive em temperaturas de -8ºC a 38ºC, ao nível do mar ou 4 mil metros de altitude e não é afetada por secas ou solos pobres.