O cenário baixista nos preços internacionais para a cotação do algodão, na segunda quinzena de outubro, desmotivou os cotonicultores de Mato Grosso a embarcarem seus produtos nos últimos dias. As vendas para a indústria nacional, mesmo com pouca liquidez, foram o que movimentou o mercado da pluma.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mesmo os Estados Unidos apresentando uma produção 26% inferior à do ano passado (12,9 milhões de toneladas) e a colheita em ritmo lento, a pressão da oferta da Índia e China é maior sobre os preços.

“Nestas condições, praticamente não ocorreram negociações para exportação em Mato Grosso”, informa o instituto.

Nos últimos 15 dias foram registrados na Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) vendas de 17,4 mil toneladas de algodão, volume três vezes superior ao da primeira quinzena de outubro. No acumulado do ano (janeiro-outubro), a indústria brasileira comprou 568 mil toneladas registradas na BBM, 64% do consumo previsto pela Conab (887 mil toneladas).

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“O contexto de produção lenta na indústria têxtil justifica a posição das empresas fiadoras de comprarem somente para consumo imediato. De janeiro a agosto o setor têxtil reduziu sua produção, em comparação ao mesmo período de 2013, em 3,08%, enquanto a indústria geral cresceu 1,98%”, pontua o Imea. 

Mercado interno de pluma

Nessa última semana, o quadro foi semelhante ao da semana anterior, o final do beneficiamento gerou maior oferta de pluma, que impulsionou os preços para baixo. No mercado internacional, a queda também pressionou o mercado em Mato Grosso, com isso a queda semanal ficou em torno de 1,7%. A cotação da arroba fechou a semana a R$ 63,70 em Sorriso e R$ 64,80 em Alto Graças, apresentando uma queda de 2,15% em relação ao mesmo período do mês de setembro, diz o boletim do algodão.