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Sábado, 27 de abril de 2024

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MODAL HIDROVIÁRIO

Novo diretor da Antaq defende construção de hidrelétricas já com eclusas

Atualmente não há obrigatoriedade de as eclusas serem inseridas nos projetos para construção de hidrelétricas e isso acaba colocando “trancas” nos rios, evitando a navegação. A eclusa é uma espécie de “elevador”, que transpõe as embarcações de um lado para o outro nas barragens.

Foto: Ilustração

Hidrelétrica com eclusa, como essa da foto, em Barra Bonita, no rio Tiete, permite a navegação de barcaças nos rios

Hidrelétrica com eclusa, como essa da foto, em Barra Bonita, no rio Tiete, permite a navegação de barcaças nos rios

O novo diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, sabatinado nesta quarta-feira para o cargo na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado (CI), defendeu, durante os debates, a construção simultânea de hidrelétricas e eclusas nos rios navegáveis para não prejudicar o escoamento da produção.

Atualmente não há obrigatoriedade de as eclusas serem inseridas nos projetos para construção de hidrelétricas e isso acaba colocando “trancas” nos rios, evitando a navegação. A eclusa é uma espécie de “elevador”, que transpõe as embarcações de um lado para o outro nas barragens.

As usinas hidrelétricas que estão sendo construídas no rio Teles Pires, na região Norte de Mato Grosso, não contemplam eclusas, o que impedirá a criação da hidrovia Teles Pires-Tapajós. Para que o modal hidroviário saia do papel, os mecanismos de elevação deverão ser construídos posteriormente, a custos elevadíssimos. Lideranças do agronegócio argumentam que, se as eclusas fossem feitas já na construção da barragem, o custo seria reduzido em até 80%.

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Conforme Tokarski, que ocupa cargos gerenciais na Antaq desde 2006, as vantagens do modal hidroviário em relação ao rodoviário são inúmeras, como a menor emissão de poluentes e o custo mais baixo. Como exemplo, ele citou o caso da Hidrovia Tietê-Paraná, que transportou 191 mil toneladas de grãos de Goiás a São Paulo no mês de março de 2013.

“Imagine se essa navegação fosse paralisada por um mês. Teríamos que colocar mais de quatro mil caminhões bitrens com capacidade de 45 toneladas cada para transportar o mesmo volume de grãos. O modal hidroviário é mais amigável ao meio ambiente”, argumentou.

Adalberto ressaltou a importância do setor hidroviário para o desenvolvimento do país e a necessidade de investimentos no sistema. Tokarski classificou como estratégicos, por exemplo, os investimentos para melhorar a navegabilidade do rio Tocantins e garantir o escoamento da produção, principalmente de grãos da região Centro-Oeste, pelos portos do Norte do país.
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