Estradas de terra, mato ao redor, pontes em estado precário e impossível de se passar. A infraestrutura das estradas mato-grossenses é a principal reclamação dos pecuaristas durante a 3ª Rota do "Acrimat em Ação 2014".
O "Acrimat em Ação 2014" é a quarta edição de um projeto da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) que visa levar informações técnicas de qualidade aos pecuaristas de Mato Grosso, bem como verificar as demandas.
De acordo com a Acrimat, somente na 3ª Rota do "Acrimat em Ação 2014" mais de 1,3 mil produtores rurais participaram dos encontros nas regiões do Arinos e Noroeste do Estado. Foram percorridas nestas regiões sete cidades. Nestes municípios os pecuaristas puderam participar da palestra "Eficiência produtiva e econômica na bovinocultura de corte a pasto". Na ocasião a maior reclamação foi quanto a falta de infraestrutura logística.
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A Acrimat constatou que nas regiões Arinos e Noroeste obras inacabadas, estradas abandonadas e intransitáveis, bem como uma balsa traçada por caminhões para poder fazer a travessia. Tais situações verificadas atrapalham e impedem o desenvolvimento dos municípios.
Conforme o diretor de Relações Públicas da Acrimat, Luiz Fernando Conte, em Juara, município ao qual reside, o setor vive um momento de valorização da arroba, porém os pecuaristas não estam podendo usufruir deste incremento devido às dificuldades de transporte. “Aqui na região do Arinos, em alguns municípios, houve produtor que estava com o produto pronto para ser entregue ao frigorífico, mas não conseguiu transportar devido aos abando das estradas. Precisamos levar isso ao conhecimento de todos”, declara Conte.
A Acrimat revela que quanto mais distante de Cuiabá os problemas de logística se agravam mais, como é o caso de Aripuanã que está a 1.002 quilômetros da Capital mato-grossense e o acesso é somente por estradas sem pavimentação, o que eleva o custo de produção e desvalorização da mesma.
Na BR-174 a situação é um tanto delicada dos moradores e produtores. Na localidade uma ponte foi levada pela correnteza e para chegar a Colniza a travessia do rio Canamã é feita por uma balsa improvisada, o que acaba gerando fila de espera para se realizar a passagem. A balsa é traçada por caminhões para conseguir fazer o translado do rio, segundo a Associação.
Na opinião do vice-presidente da Acrimat, Jorge Basílio, que é pecuarista na região Noroeste do Estado, hoje o maior desafio do setor agropecuário na região é produzir com a falta de infraestrutura logística.
O "Acrimat em Ação 2014" segue até o dia 26 de maio e já percorreu cerca de 21 municípios mato-grossenses. A próxima e última rota passará por Contriguaçu (13), Nova Monte Verde (14), Apiacás (15), Alta Floresta (17), Guarantã do Norte (19), Marcelândia (20), Sinop (21) e São José do Rio Claro (22). O encerramento acontece em Cuiabá, no dia 26 de maio.
