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Segunda-feira, 17 de junho de 2024

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Sebrae discute autorregulação das OSCIPs que atuam com microfinanças no Brasil

Foto: Reprodução/Internet

Sebrae discute autorregulação das OSCIPs que atuam com microfinanças no Brasil
A autorregulação do setor de microfinanças no Brasil foi tema de oficina realizada nos dias 8 e 9 de setembro, na sede do Sebrae Nacional, em Brasília. Promovido em parceria com a Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), o encontro tem o objetivo de colher subsídios para a construção de propostas para a autorregulação das atividades desenvolvidas pelas instituições que operam o microcrédito.


O documento que será elaborado após os debates será apresentado durante o VI Fórum do Banco Central sobre Inclusão Financeira a ser realizado de 17 a 19 de novembro em Florianópolis (SC).

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Segundo o gerente da Unidade de Acesso a Mercados e Sistemas Financeiros do Sebrae, Paulo Alvim, a experiência das Organizações Sociais de Interesse Público (OSCIPs) de microfinanças foi estratégica para a implantação do microcrédito no país. “Hoje, com uma carteira de mais de 800 milhões de reais em empréstimo, as OSCIPs já têm peso significativo no mercado de microcrédito onde a discussão sobre regulação caminha no sentido de dar mais solidez ao sistema”, pontuou.

Na avaliação do diretor da Abcred, Almir da Costa Pereira, o objetivo central da autorregulação é permitir que instituições como as OSCIPS possam atender com eficiência a uma maior quantidade de micro e pequenos empreendedores. “A autorregulação é um compromisso que temos implementarmos padrões de atendimento que aumentem a oferta de microcrédito. Queremos oferecer melhores serviços aos clientes. E precisamos demonstrar segurança ao sistema financeiro”, afirmou.

Foco na transparência
De acordo com o vice-presidente da entidade, Amadeu Trentini, assegurar a confiança do sistema passa obrigatoriamente pela formulação de um Código de Ética para orientar as boas práticas entre as instituições financeiras e tomadores de crédito e também na relação entre as operadoras e seus colaboradores.

“Trabalhamos com valores como lealdade e transparência para aumentar a produtividade dos nossos colaboradores, gerar emprego e renda ao país e para ampliar a satisfação dos nossos clientes. Neste sentido, elaborar um Código de Ética significa reforçar regras básicas de uma boa gestão”, frisou.

Perfil
Em 2013 as entidades ligadas à Abcred movimentaram R$ 805 milhões em 400 mil operações de microcrédito para vários segmentos da economia, como comércio, serviços e pequenas indústrias. Segundo dados da Abcred, os tomadores de microcrédito têm entre 35 e 45 anos e 60% deles são mulheres.

Para Isabel Baggio, presidente da Associação das Organizações de Microcrédito e Microfinanças de Santa Catarina (AMCRED-SC), a participação feminina na captação de recursos é muito importante para o segmento. “A mulher tem um perfil diferente do perfil dos homens. Elas são mais conservadoras e pontuais do que os homens. Já os homens são mais afoitos e ousados”, destacou.

Abcred possui 41 associados nas cinco regiões do país. Os valores envolvidos nas operações variam de R$ 300 a R$ 15 mil. A média dos valores financiados, porém, gira entre R$ 2 mil a R$ 3,5 mil por operação.

Além de gestores do Sebrae Nacional e da Abcred, participaram da oficina consultores nacionais e internacionais e representantes do Banco Central, do Ministério do Trabalho e Emprego, da Secretaria Nacional da Micro Empresa, do Ministério da Justiça, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de associações de microcrédito estaduais.
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