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Política afeta mercado brasileiro; Ibovespa apresenta queda de 3,71%

16 Mar 2016 - 13:25

Moacir Camargo – Economista da Parmetal DTVM

Foto: Reprodução/Internet/Ilustração

Política afeta mercado brasileiro; Ibovespa apresenta queda de 3,71%
O mercado brasileiro sob ataque, mas ataque de quem?

Estamos realmente sendo atacados e o ataque vem de dentro. Como assim de dentro? É guerra civil? Não.

Calma, não vamos nos desesperar.

Não estamos sofrendo nenhum ataque especulativo, não estamos sendo atingidos por capitalistas abastados especulando com nossa moeda (fato que já ocorreu várias vezes no passado) ou contra os principais papéis da BM&F Bovespa. O ataque hoje é contra: o emprego; a renda (lucro) daqueles que promove o emprego (comércio, indústria e serviços); as contas públicas; e contra a credibilidade das nossas instituições. Os Resultados são a perda da confiança dos investidores com a mingua dos volumes investidos e empregos que deixam de ser gerados, a queda nos percentuais e volumes dos lucros por aumento de carga tributária, diminuição do crédito, aumento da taxa de juros e redução do consumo (recessão) são as principais variáveis que elevam os números de desempregados e somados a tudo isso temos o descontrole dos gastos públicos, onde chegamos ao nível de gastar mais do que arrecadamos, resultante de aumento dos gastos e queda na arrecadação por conta da recessão, deixando o país sem munição para reagir e corrigir os erros cometidos no passado, convergindo novamente a curva de crescimento do produto interno bruto para cima. Só lembrando que déficit na conta do governo produz agravamento da inflação ou calote da dívida, ou os dois juntos.

Mas porque não desesperar se a situação é crítica e as reformas necessárias para equilibrar os gastos públicos, somados a políticas de estímulos aos investimentos e promoção do emprego/renda ficaram em segundo plano pelo governo federal, tendo como 1º plano a sua própria sobrevivência? Respondo a essa incógnita tendo em vista o movimento observado nas duas semanas que antecederam o histórico 13/03, onde os brasileiros e o mundo acreditaram que mudanças podem acontecer em um curto espaço de tempo aqui no Brasil. Nesse período o Ibovespa partiu de 41.593,08 pontos (26/2) e rompeu a barreira dos 50.000 pontos 3 vezes, registrando alta de +19,34% até o fechamento do pregão da sexta-feira passada (11/3) com 49.638,68 pontos. O mesmo movimento foi observado para o US$ que, nesse mesmo período, registrou queda de -10,29% (de R$3,993 para R$ 3,582). Sendo assim, os ânimos dos investidores e empresários rapidamente retornam quando sinais positivos de mudança aparecem. Então estou convicto que a retomada ao crescimento se dará quando as mudanças almejadas logo se efetivarem e esta reversão do quadro será impulsionada quando as medidas necessárias ganharem o apoio da população e do congresso para sua aprovação e implantação. A batalha maior é pela conquista da credibilidade perdida que promoverá a confiança de todos, juntando esforços em prol dos interesses coletivos da nação. Nos abalamos fácil, mas temos fortíssimo poder de reação.

A Bolsa chinesa vai para o 4º pregão seguido de bons resultados, confiando no novo chefe do órgão regulador dos mercados de capitais chinês, Liu Shiyu. As Bolsas da Alemanha e Inglaterra senguem operando no azul, fruto dos bons números apresentados referentes ao emprego e títulos governamentais. Os EUA mostraram que os índices de inflação convergem para a meta do governo de 2% ao ano, pelo aumento na construção de casas novas em +5,2% e redução dos estoques de petróleo, trazendo esses números positivos otimismo para os mercados. Ficamos no aguardo então do pronunciamento da presidente do Federal Reserve nesta quarta-feira.

Principais Bolsas Mundiais e índices (12:19):

· Dow 30: ......................................... +0,12% (em operação)

· Nasdaq: ........................................ +0,26% (em operação)

· S&P/TSX:....................................... +0,67% (em operação)

· Ibovespa........................................ -0,68% (em operação)

· DAX: ............................................. +0,62% (em operação)

· FTSE 100: ....................................... +0,73% (em operação)

· CAC 40: ......................................... -0,09% (em operação)

· Euro Stoxx 50: ............................... -0,01% (em operação)

· IBEX 35: ......................................... -0,18% (em operação)

· FTSE MIB........................................ +0,05% (em operação)

· SMI: .............................................. -0,34% (em operação)

· Nikkei 225: .................................... -0,83%

· CSI 300: ......................................... +0,50%

· Hang Seng...................................... -0,15%

· KOSPI: ........................................... +0,25%

O Ouro aguarda o posicionamento do FED para tomar direção, e depois dos resultados favoráveis quanto ao atingimento das metas de inflação, possivelmente veremos a Yellen, do FED, argumentar sobre um aumento das taxas de juros no futuro próximo (dentro desse ano). Consequentemente, esse discurso pesará sobre a cotação do ouro, que é um ativo de proteção ao risco, que valoriza em tempos de crise, mas que não paga juros àqueles que o detém. Na Parmetal, o ouro deu o start nas negociações cotado a R$ 147,58 o grama para compra e R$ 149,55 para venda, alta de +2,93% com relação a abertura do dia anterior, ficando devendo ao dólar os créditos para o seu desempenho.

Indicadores – Abertura do Mercado:

· Ouro – NY (Ozt.) ................................. US$ 1.233,50....................... +0,42%

· Petróleo (Brent) ................................. US$ 39,15........................... -1,31%

· Milho (Ton) ........................................ US$ 367,88......................... +0,00%

· Ibovespa (pts.) ................................... 47.054,07............................ -3,71%

· Dólar - US$ ......................................... R$ 3,7659............................ +2,87%

· Euro - € .............................................. R$ 4,1826............................ +2,95%

· Poupança (mês / Acum. 2016) ............ +0,7179% ........................... +2,6997%

· Inflação – IPCA (mês / 12 meses) ........ +1,27%............................... +10,7063%

Observação: o percentual calculado é feito com relação a cotação de abertura do dia anterior.



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