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Domingo, 28 de abril de 2024

Notícias | Economia

'Tempestade política' criou barulho na economia, diz secretário da Fazenda

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Manoel Pires, avaliou nesta segunda-feira (18), um dia após a decisão da Câmara dos Deputados de dar prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que a "tempestade política" do país "criou barulho" na economia brasileira.

"O nosso trabalho é continuar a criar soluções para a situação econômica. Acredito que essas iniciativas são importantes para recuperar a economia no Brasil", declarou ele, durante o seminário "Brazil Summit 2016", em Nova York. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3,8%, o maior tombo em 25 anos e, para 2016, a previsão do mercado já é de um "encolhimento" do mesmo tamanho.

Manoel Pires observou em sua palestra que dois anos de retração na economia brasileira é algo que não acontece, desde os anos 30. Ele afirmou que o governo tem trabalhado para reverter isso e citou um maior retorno para projetos de infraestrutura, as concessões no setor de energia e a revisão da política de conteúdo local no setor de petróleo.

O secretário de Política Econômica citou ainda a queda da inflação neste ano, frente ao patamar de 10,67% registrado em 2015. "Vemos uma convergência [da inflação] para o centro da meta [de 4,5%] nos próximos anos', afirmou.

Manoel Pires também falou sobre as dificuldades para equilibrar as contas públicas. Ele lembrou que o governo pediu na semana passada autorização ao Congresso Nacional para suas contas apresentaram um rombo de até R$ 65 bilhões em 2017, no que será o quarto ano seguido com as contas no vermelho.

"As receitas têm caído desde 2013 e estão no patamar mais baixo desde 2002 por causa do nível de atividade. Somente 8,2% do orçamento é manejável. Mais de 90% [das despesas] é governado pela constituição [gastos obrigatórios]", disse Manoel Pires.

Ele citou ainda a necessidade de aprovar reformas para dar sustentabilidade às contas públicas. "A reforma da Previdência é urgente. É muito importante fazer isso logo para reduzir o risco das contas públicas", acrescentou. Segundo Manoel Pires, a reforma da Previdência pode impulsionar o PIB em 2,2 pontos percentuais em dez anos.
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