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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Notícias | Economia

Cenário externo e política fazem dólar cair a R$ 3,555

BC ainda não anunciou intervenções; Bolsa sobe 1,19% e vai a 53.861 pontos


Em um pregão de menor aversão ao risco no exterior e ausência das intervenções do Banco Central (BC) no mercado de câmbio, o dólar comercial opera em baixa nesta terça-feira. A moeda americana, às 11h14, era negociada a R$ 3,553 na compra e a R$ 3,555 na venda, recuo de 1,19% ante o real. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sobe 1,83%, aos 53.861 pontos, puxada pelo desempenho dos papéis da Vale e Petrobras.

Com os investidores mais dispostos a tomar risco, o dólar perde força em escala global. O “dollar index”, calculado pela Bloomberg, cai 0,46%. Essa desvalorização ocorre com o aumento do preço das commodities nos mercados externos, que tende a fortalecer a moeda dos países produtores dessas matérias primas.

Internamente, a expectativa é de continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com a perspectiva de seu afastamento nas próximas semanas, os investidores tendem a ficar mais otimistas. “Não deveremos abandonar a possibilidade de um novo rali dos ativos brasileiros, a medida que o processo de afastamento da presidente Dilma continuar caminhando e o mercado não identificar riscos de uma possível reviravolta, poderemos ter novamente um movimento de valorização das bolsas e do real”, avaliou, em relatório a clientes, Jefferson Luiz Rugik, diretor da Correparti Corretora de Câmbio.

Na véspera, a moeda americana terminou a sessão em alta de 2,04%, cotada a R$ 3,598 para venda. Na máxima, atingiu R$ 3,620.

No pregão anterior, assim como o ocorrido durante toda a semana passada, o BC fez leilões de contratos de swap cambial reverso, que equivalem a uma compra de moeda no mercado futuro. Essas intervenções ajudaram a conter uma queda mais acentuada da moeda americana em meio ao cenário de otimismo do mercado com a possibilidade de mudança de governo. Nesta terça-feira, a autoridade monetária ainda não anunciou nenhuma nova oferta.

BOLSA EM ALTA

Já o Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo, sobe sustentado pelo desempenho das ações da Petrobras e Vale, em um pregão de recuperação do preço das commodities no mercado internacional. Na China, o minério de ferro subiu 3,2%, a US$ 61,80 a tonelada, no porto de Tianjin. Já o petróleo do tipo Brent tem valorização de 1,56%, a US$ 43,58 o barril.

As ações preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras sobem 4,22%, cotadas a R$ 9,63, e as ordinárias (ONs, com direito a voto) avançam 4,41%, a R$ 12,29. No caso da Vale, os papéis preferenciais sobem 7,13% e os ordinários têm avanço de 7,24%.

No exterior, os principais indicadores do mercado acionário também operam em alta. O DAX, de Frankfurt, sobe 2,04%, e o CAC 40, da Bolsa de Parisk, tem valorização de 1,17%. O FTSE 100, de Londres, sobe 0,50%. As bolsas americanas também operam em terreno positivo. O Dow Jones sobe 0,51% e o S&P 500 registra valorização de 0,25%.

 
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