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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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COMPRA DE LOTE

Produtor de MT pede pagamento de dívida de mais de US$ 1 milhão de dólares

Foto: Reprodução

Produtor de MT pede pagamento de dívida de mais de US$ 1 milhão de dólares
O produtor rural Alexandre Augustin, de Rondonopólis (220km de Cuiabá) quer que a Trading Libero Commodities entre na lista de maus pagadores da Associação Internacional do Algodão (ICA, na sigla em inglês), por conta de uma dívida de US$ 1,1 milhão adquirida durante a compra de um lote de 10 mil toneladas de algodão.


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Segundo Augustim, o lote plantado por ele na região da Serra da Petrovina foi vendido à Libero na safra de 2013 e durante a operação empresa vendeu o lote por um preço menor do que o praticado na bolsa de mercado daquele dia.

“Por conta disso eu como produtor pedi a Libero a diferença. Como ela não quis pagar, concordamos em resolver problema na Câmara de Arbitagem no International Cotton Association, em Liverpool na Inglaterra”, relatou o produtor.

A ICA é a principal associação de comércio de algodão internacional do mundo e do corpo arbitral. Hoje, a maioria do algodão do mundo ainda é comercializado internacionalmente sob os estatutos e as regras da ICA. Atualmente eles têm mais 550 membros que representam todos os setores da cadeia de fornecimento.

De acordo com o site oficial da Trading Libero, os acionistas da empresa são responsáveis por cerca de 75 % da produção brasileira de algodão

Alexandre Augustim ainda conta que em maio de 2014 o ICA exigiu da Trading Libero o pagamento no valor de US$ 1,1 milhão ao agricultor, mas a dívida não foi quitada e a empresa também não entrou na lista de mau pagadora do ICA. A inserção de empresas na lista de devedoras do ICA é uma regra do comércio internacional de algodão.

A Libero solicitou uma nova arbitragem e perdeu de novo. Contudo, a empresa também não foi inserida na lista do ICA. Para o produtor o motivo da “blindagem” da empresa é o fato de que a Libero tem como sócio um grupo francês que é uma das mantenedoras da ICA.

“Sabemos que a Libero além de ter produtores e fiadoras associados tem como sócio a francesa Louis Dreyfus Commodities, que deve ser uma das mantenedoras do ICA. Ou seja, a regra vale pra produtores, mas não vale para grandes empresas”, criticou.

Alexandre explica que já espera pelo pagamento há pelo menos dois anos. “Todas as ações jurídicas internacionais que eu pude fazer para incluir a Libero na lista do ICA foram feitas. O que me revolta é que não consigo receber e nem fazer valer o que foi decidido, que é a inclusão dela na lista de maus pagadores”, relatou.
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