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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Focos de queimada aumentam 101% em Mato Grosso em um mês; áreas indígenas tem 26% dos pontos

Foto: Gcom/MT

Focos de queimada aumentam 101% em Mato Grosso em um mês; áreas indígenas tem 26% dos pontos
O número de queimadas registradas nos primeiros 32 dias do período proibitivo em Mato Grosso revela um aumento de 101% das ocorrências em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 6.125 focos em todo Estado. No ano passado, foram 3.430 focos. As terras indígenas aparecem no gráfico com 26% do total, seguidas de assentamentos com 5,24% e das unidades de conservação estadual com 1,57%. Uma pessoa foi detida em flagrante no município de Cláudia.

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O município de Gaúcha do Norte (595 km ao norte de Cuiabá), está no topo do ranking com 452 registros, seguido por outras 19 cidades representam 53% ou 3.288 focos de calor. Entre elas estão: Nova Nazaré (370), Colniza (285), Campinápolis (284), Ribeirão Cascalheira (284), São Felix do Araguaia (244), Barra do Garças (228), Alto Boa Vista (222), Paranatinga (149), Comodoro (142), Canarana (136), Tangará da Serra (132), General Carneiro (126), Rondolândia (116), Nova Bandeirantes (106), Santa Terezinha (103), Santo Antônio do Leste (99), Araguaiana (91), Cotriguaçu (86) e Luciara (85).

O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) atendeu, até o momento, 375 ocorrências. Uma pessoa foi presa em flagrante no município de Cláudia. Conforme balaço do BEA, as propriedades privadas são responsáveis por cerca de 60% dos focos de calor. As terras indígenas aparecem no gráfico com 26% do total, acompanhadas pelas unidades de conservação estadual, com 1,57% e assentamentos, 5,24%.

Esse quadro de aumento já repercutiu negativamente na qualidade do ar. De acordo com o monitoramento do Laboratório de Ensaios da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), entre 15 de julho e 15 de agosto, 11 municípios apresentaram ‘qualidade do ar inadequada’, enquanto no mesmo período de 2015 apenas quatro cidades do estado estavam nessa categoria.

Número de focos de calor diminui

Apesar destes dados, o comandante do BEA, tenente coronel do Bombeiro Militar (BM) Paulo André Barroso, lembra que os números de focos de calor caíram em relação à semana passada. Entre os dias 7 e 13 de agosto, o satélite Aqua do Inpe identificou 4.841 focos, número 203% maior que o mesmo período do ano passado. “Diminuímos um pouco mais que 100% nesta semana, mas ainda estamos no início do período proibitivo e o cenário brasileiro é propício para uma elevação dos números nos próximos dias”.

Denúncias
Utilizar fogo para limpeza e manejo nas áreas rurais é crime passível de seis meses a quatro anos de prisão, com autuações que podem variar entre R$ 1 mil (pastagem e agricultura) a R$ 75 mil por hectares (em Área de Preservação Permanente – APP). Além de denunciar queimadas rurais pelo 0800 647 7363, a população também pode registrar as ocorrências no Corpo de Bombeiros.

Nas áreas urbanas, o uso do fogo para limpeza do quintal é crime o ano inteiro, conforme a legislação de cada município. As denúncias devem ser feitas por telefone, no 193 do Corpo de Bombeiros, ou nas secretarias municipais de meio ambiente. O período proibitivo para queimadas na área rural segue até 15 de setembro, podendo ser prorrogado devido às condições climáticas.
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