O transporte aéreo contribuiu com 1,8% da economia mato-grossense em 2015, o equivalente a R$ 3,4 bilhões, e gerou R$ 253,2 milhões em arrecadação de impostos. Apesar de considerável o percentual "contribuído" com a economia do Estado, a parcela é considera inferior a média nacional estimada em 3,1% do total da produção econômica brasileira.
Os números são do estudo “
Voar Por Mais Brasil – Benefícios da Aviação” da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), com a colaboração da GO Associados, e tem como base o ano de 2015. O levantamento usa fontes públicas, tais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
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No valor de R$ 3,4 bilhões gerados na economia mato-grossense pelo setor aéreo, segundo o estudo, estão inclusas as receitas das companhias aéreas (transporte de passageiros e cargas) e de seus fornecedores, além do turismo viabilizado pelo segmento. Na soma, salienta a ABEAR, entra ainda o consumo familiar dos trabalhadores que integram a cadeia.
De acordo com a pesquisa, no ano de 2015 Mato Grosso teve um volume de aproximadamente 1,8 milhão de passageiros e quatro aeroportos comerciais.
A aviação e os setores impulsionados por ela, como comércio, serviço e turismo, geraram em 2015 no Estado 61,6 mil empregos, com o pagamento de quase R$ 581 milhões em salários.
O estudo da ABEAR pontua ainda que para cada R$ 1 adicionado pelo setor da aviação à produção econômica de Mato Grosso, R$ 5,2 são gerados em produção na cadeia do turismo catalisado pelo modal de transporte.
O estudo Voar Por Mais Brasil – Benefícios da Aviação mostra, também, que Mato Grosso contribui com 1,88% do total de embarques anuais em voos domésticos, parcela proporcional à participação de sua economia na produção brasileira, de 1,91%. Além disso, a quantidade de viagens aéreas entre os mato-grossenses é de 0,55 embarque por habitante, superior a média do país, de 0,47.
Em termos de Brasil, a aviação brasileira contribuiu com 3,1% da produção econômica total do país, o equivalente a R$ 312 bilhões em 2015.
Voe MT
A perspectiva é que em relação a 2016 os números apresentados pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) cresçam diante a implantação do programa Voe MT por parte do Governo de Mato Grosso.
Em 2016, por meio do Voe MT, os aeroportos de Sorriso e Barra do Garças entraram no circuito aéreo de Mato Grosso e há perspectiva para que Tangará da Serra comece a operar a malha aérea em dois anos e Cáceres em oito meses.
Até 2015 apenas os aeroporto de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta ligavam o Estado as demais unidades federativas via transporte aéreo.
O programa foi criado para fomentar e democratizar o transporte aéreo e diversificar as cidades a serem atendidas com voos regulares. O Voe MT faz parte da estratégia do Governo do Estado em fomentar o turismo e transformá-lo em um dos principais pilares do desenvolvimento econômico do estado.
Pelo Voe MT, as companhias aéreas podem obter redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para compra de querosene de aviação.
A redução é progressiva, de 20% a 84%. Atualmente, as companhias aéreas pagam uma alíquota de 25% na compra do combustível. O querosene de aviação representa mais de 40% nos custos de operação de uma empresa aérea.