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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Apostam nas planilhas

Organização e planejamento ajudaram motorista e usuária de Uber a economizar para troca de carro e viagem

Foto: Reprodução

Organização e planejamento ajudaram motorista e usuária de Uber a economizar para troca de carro e viagem
Motivados por diferentes situações o motorista Aguinaldo da Silva Cruz, 45, e a usuária Sâmela Rôa, 33, encontraram no Uber uma fonte economia e recolocação profissional, e desde o início do ano, quando incluíram o aplicativo em suas rotinas, ultrapassaram as expectativas de rentabilidade. Em ambos os casos, duas palavras se repetem: organização e planejamento. Adeptos da planilha, eles apostam na distribuição de aplicações e metas para manter o controle e conquistar seus objetivos. Foi assim que conseguiram guardar dinheiro suficiente para viajar, trocar de carro e aplicar em outros investimentos. 

Desde janeiro, quando precisou abrir mão de seu carro, a servidora pública adotou a plataforma para se locomover pela cidade. Por semana são mais ou menos 15 corridas, que resultam em cerca de R$ 700,00 ao mês. Redução de quase 50% na quantia destinada anteriormente ao veículo. À época as parcelas de R$500 somavam-se ao seguro, também de R$ 500,00, ao combustível, estimado em R$ 1.300,00, a manutenção anual, de R$ 5 mil e aos documentos.

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A nova rotina já lhe proporcionou o suficiente para planejar uma viagem para o Rio de Janeiro, em setembro, trocar móveis da casa, e dar início a um curso novo. Conquistas muito distantes de seu plano financeiro antigo. “Comecei a aplicar o dinheiro que sobrava em outras coisas, mas pra isso tem todo um planejamento que não pode extrapolar. Anoto todos os gastos que já tive o que foi para o cartão, etc. É uma opção que cobra bastante disciplina e principalmente bom senso pra usar.”

Sâmela destaca que o novo endereço, mais próximo ao seu trabalho, também contribuiu com o corte nos gastos, já que a distância foi reduzida dede 12 para 5 km. “Além do preço, pra mim, compensa pela praticidade e segurança. Sempre compartilho as corridas com meu marido e não tenho mais estresse com trânsito. Hoje eu nem cogito mais comprar carro”.

Para o motorista, os objetivos eram diferentes. Demitido de uma multinacional no final do ano passado, encontrou na Uber uma possibilidade de recolocação profissional. Desde fevereiro, quando foi aprovado como parceiro, conseguiu salvar as finanças da família e trocar de carro. O Cobalt manual deu lugar a um Versa mais novo, automático. Assim, embora seu orçamento mensal tenha passado por uma redução 40%, ele garante ter conseguido manter o padrão de vida.

“Pra mim esse impacto não fez tanta diferença porque meus filhos já são adultos, casados, e não moram mais comigo. Então, eu e minha esposa já vivemos uma situação mais estável, conseguimos manter praticamente o mesmo padrão. Mesmo assim, pra um pai de família, é possível manter o sustento.”

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O valor alcançado mensalmente é estabelecido a partir de uma meta de 300 reais diários, incluindo o repasse de 25% à plataforma. Do total serão descontados R$ 1500,00, de gasolina e internet e cerca de R$ 100 destinados à revisão feita a cada 10 mil km rodados. Todos os números estão dispostos em suas planilhas, que já levam em consideração todos os gastos.

Recolocação profissional

Diante de um cenário de crise econômica e baixa oferta de emprego, Aguinaldo, que atuou por sete anos como gerente regional na antiga empresa, ficou pouco mais de um mês desempregado, até resolver entrar para Uber e fazer um teste. Os bons resultados e a melhora na qualidade de vida o fizeram permanecer. Antes esmagado por viagens frequentes, entre os oito estados pelos quais a empresa se espalha, ele dedicava de 70 a 80 horas semanais ao trabalho, o que incluía uma caixa de e-mail lotada por pelo menos 200 correspondências diárias.

A carga horária continua alta, estendendo-se, normalmente, das 7h às 20h, com um intervalo curto para o almoço. O bem-estar, no entanto, melhorou e ele agora consegue passar um tempo maior com a esposa e aproveitar dois dias inteiros de descanso. “Me organizo sempre pra descansar na quarta, quando o movimento costuma ser menor, e no domingo, que é melhor pra ficar com a família.Continuo trabalhando muito, mas a qualidade de vida é outra.”

De acordo com o motorista, a lucratividade só vem sendo afetada pelo recente aumento no preço dos combustíveis, uma vez que a empresa ainda não alterou os preços. A solução, para ele, seria um acréscimo de 15% no valor da corrida, calculada atualmente, em Cuiabá, a partir do preço base de R$ 2,50 , com acréscimos de R$1,20 por km rodado e R$ 0,15 por minuto. “Acredito que isso não pesaria tanto pros passageiros e ficaria melhor pra gente.”

Ao Agro Olhar a empresa adiantou que ainda não há aumento previsto e que irá aguardar a situação se estabilizar para estudar uma possível alteração, uma vez que, ao longo da semana, a determinação do governo já foi suspensa por uma liminar da Justiça e derrubada logo em seguida por ação da Advocacia Geral da União (AGU). 
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