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Domingo, 26 de maio de 2024

Notícias | Agronegócio

Transferência de tecnologias reafirma a importância do Consórcio Pesquisa Café

A cafeicultura brasileira é considerada sustentável e uma das mais modernas do mundo. No Brasil, o maior produtor e exportador de café e segundo maior consumidor em nível mundial, a atividade tem contribuído social e economicamente para o desenvolvimento do País, gerando emprego e renda.


Para que o produto tenha valor agregado no mercado, é imprescindível investir também na melhoria da qualidade. É o que estão fazendo instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.

Nesse sentido, está em execução, entre outros, o projeto Transferência de Tecnologias para Melhoria da Qualidade do Café Produzido Pela Agricultura Familiar, cujo objetivo principal é instalar unidades demonstrativas de tecnologias de pós-colheita e realizar treinamentos nas principais regiões produtoras.

O projeto privilegia a transferência de um conjunto de tecnologias de pós-colheita desenvolvidas no âmbito do Consórcio, de baixo custo e voltadas principalmente para a agricultura familiar para constituir infraestrutura mínima para produção de café com qualidade. São elas: abanadora manual, lavador portátil, terreiro secador híbrido, Sistema de Limpeza de Águas Residuárias – SLAR e silo secador. A iniciativa - realizada em conjunto pela Embrapa Café, Embrapa Rondônia, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Universidade Federal de Viçosa – UFV e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig – abrange inicialmente os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia.

O projeto contempla muitas das ações previstas no Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Setor Cafeeiro 2012/2015, do Departamento do Café, da Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Decaf/Mapa/SPAE), que tem como uma de suas prioridades desenvolver ações de difusão e transferência de tecnologia. O Plano também é resultado de uma ampla discussão que envolveu instituições representativas do setor cafeeiro, inclusive Embrapa Café e Consórcio Pesquisa Café.

Capacitações em 2012 - Com o objetivo de incentivar a aplicação dessas técnicas em prol da qualidade do café e promover a sustentabilidade do processo de produção, foi realizado em outubro, no Campo Experimental da Embrapa Rondônia em Ouro Preto D´Oeste, o “Treinamento para melhoria da qualidade do café em Rondônia”. O evento foi voltado para produtores, técnicos, líderes rurais e profissionais da cafeicultura e abordou tecnologias de colheita e pós-colheita adaptadas à agricultura familiar.

Treinamento realizado em Guaxupé-MG sobre o Reúso e Aproveitamento Agrícola da Água Residuária durante o Workshop de Desenvolvimento Técnico da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé – Cooxupé, a maior cooperativa de café do Brasil reuniu cerca de 100 pessoas, entre técnicos da Cooxupé e produtores. O objetivo foi difundir a tecnologia, desenvolvida pelo pesquisador da Embrapa Café Sammy Fernandes, com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé em parceria com Incaper e Epamig, para que seja adotada por pequenos, médios e grandes cafeicultores.

O treinamento abordou subtemas como processamento do café cereja descascado, reutilização da água residuária no processamento do café, destinação da água residuária – aspectos legais, aproveitamento agrícola da água residuária e demonstração do SLAR –, instalação e funcionamento do sistema para reutilização da água no processamento.

Outro treinamento abordou tecnologias de colheita, processamento e secagem de café para agricultura familiar e envolveu 23 estudantes de 4º ano da Escola do Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo - Castelo. Na ocasião, houve palestra sobre tecnologias de colheita e pós-colheita adaptadas à agricultura familiar. Os participantes puderam ainda acompanhar no campo as práticas da colheita para obtenção de cafés superiores; processamento via úmida de café e reúso de água com o emprego do SLAR e as tecnologias de secagem de café arábica, entre outras.
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