O clima favorável – alta temperatura e alta umidade, favorecem a proliferação da ferrugem asiática da soja, tornando o cenário da safra atual mais preocupante que o de anos anteriores. Com o retorno da chuva nos estados do Centro-Oeste, o produtor deve ficar atento para as condições do clima, estádio da cultura e ocorrência da ferrugem na região em questão.

Para evitar o alastramento da doença, entidades como o Consórcio Anti-ferrugem (parceria público-privada), Fundação MT e Associação dos Produtores de Milho e Soja de MT - Aprosoja trabalham junto aos produtores no monitoramento das lavouras e regiões onde a ocorrência da ferrugem é mais constante.

Segundo dados do Sistema de Alerta do Consórcio, Mato Grosso e Paraná foram os estados que anotaram o maior número de focos da doença, provocada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Em MT foram registrados 10 casos, de um total de 40 espalhados pelo país. O número coloca o estado em segundo lugar. No Paraná foram contabilizados 14 casos.

O diretor técnico da Aprosoja, Neri Ribas, diz que o trabalho de combate a ferrugem vem sendo feito há mais de 10 anos. “Entidades de pesquisa, em conjunto com os produtores, tem monitorado as lavouras na busca por focos da doença, visando evitar que novos casos aparecem”.

Entre as principais medidas adotadas para atingir o controle e manejo da doença, está o controle químico por meio de fungicidas. “Desta forma é possível garantir a produtividade da cultura, pois se consegue diminuir em muito as perdas no campo”, explica Ribas.

Outro trabalho promovido por entidades de pesquisa é ajudar os produtores na condução da lavoura de soja. “A ferrugem é um problema que, se não for tratado com a devida seriedade, pode prejudicar todo o trabalho do produtor”, diz o diretor técnico.

Outras ações fomentadas junto aos produtores estão tecnologia de ponta, planejamento correto das aplicações, com intervalos mais curtos entre uma aplicação e outra, controle químico por meio de fungicidas e outros.