Um sítio em Mogi das Cruzes tem dois hectares de área cultivada. A alface crespa é o carro chefe da propriedade e segundo o agricultor Milton Kadobayashi, neste período, a principal preocupação é com a chuva. Até agora, 30% da produção foi perdida, a chuva levou boa parte da terra e as raízes ficaram expostas.

A chuva também aumenta o intervalo entre a colheita dos pés e o plantio de novas mudas. O trabalho costumava ser feito no mesmo dia, mas agora todos os canteiros estão parados há pelo menos duas semanas.

Uma das explicações é que, aos poucos, a área de cultivo vai se desmanchando por causa da água. Nos canteiros aparecem buracos e rachaduras. Milton explica que a chuva leva embora todos os nutrientes dos fertilizantes e do adubo que foram colocados, o que força fazer o manejo novamente da terra.

A região de Mogi das Cruzes é responsável por 30% das hortaliças cultivadas no estado de São Paulo. Em algumas áreas que ficam nas partes mais baixas, a água está acumulada e as plantações alagadas. Foi o que aconteceu no sítio de Camilo da Rosa. Ele perdeu 1600 maços de salsinha e o resultado aparece no preço. “Estava R$ 4 e hoje está R$ 10 o maço. Creio que vai subir ainda mais o preço”.

Na região de Sorocaba, em São Paulo, os produtores de hortaliças também registram perdas por causa da chuva. Em Araçoiaba da Serra, o agrônomo Cláudio Nadaleto explica por que é tão difícil o cultivo nesta época do ano. Assista à entrevista no vídeo com a reportagem completa.