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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Em Chicago, soja volta a subir com foco nos 'fundamentos'

Foto: Reprodução/Ilustração

Em Chicago, soja volta a subir com foco nos 'fundamentos'
Nesta quarta-feira (16) as cotações da soja operam em alta na Bolsa de Chicago, após encerrar a sessão de ontem (15) com leves recuos. Por volta das 10h30 (horário de Brasília) os futuros da oleaginosa trabalhavam do lado positivo da tabela com mais de 9 pontos de ganhos nos principais vencimentos.

Segundo o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, nessa semana, o mercado ainda reflete o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado na última sexta-feira (11). E os fundamentos de oferta e demanda voltam a ser o foco principal do mercado. Brandalizze diz ainda que a irregularidade climática na Argentina, terceiro maior produtor mundial de soja, também exerce pressão positiva nas cotações.

“A situação de clima irregular na Argentina e ausência de chuvas e as altas temperaturas nas lavouras e a demanda por produtos contribuem para esse cenário. Há boatos de que a China estaria de volta às negociações essa semana comprando soja, então, o mercado já recuperou as perdas de ontem”, explica Brandalizze.

Com o retorno dos fundamentos ao mercado, os fatores financeiros deixam de ter tanta importância, pelo menos durante essa semana. E com isso, os grandes investidores voltam a atuar no mercado de commodities uma vez que enxergam que há uma possibilidade de lucros maior diante de menores "flutuações" do mercado financeiro, conforme diz o analista.
“Os preços da soja podem passar da faixa dos atuais US$ 14 por bushel e chegar a US$ 15 por bushel. E esse nível de preços não afeta a demanda e os países não controlam o consumo”, afirma o analista.

Mercado Interno - Essa recuperação dos preços das commodities em Chicago pode ser refletida nos valores no mercado interno. Ontem, foram registrados negócios com o milho entre R$ 33,50 e R$ 35,00 nos portos brasileiros, os números representam um aumento de quase R$ 2,00 em relação aos preços praticados na semana anterior. Do mesmo modo, a cotação da saca da soja apresentou uma elevação entre R$ 1,00 e R$ 1,50 ante o valor da semana passada. A oleaginosa está sendo negociada entre R$ 64,00 e R$ 65,00 nos portos.

“Estamos com o nível um pouco maior, os reflexos já começam a aparecer. No caso do milho, os produtores estão vendendo mais, e os produtores da safrinha aguardam uma valorização maior nos contratos de agosto e setembro”, acredita Brandalizze.

Ainda de acordo com o analista, uma possível recuperação do dólar também deve favorecer os produtores rurais brasileiros, haja vista que se o mercado avançar a barreira dos US$ 15 por bushel e o dólar ficar acima de R$ 2,10 os preços da saca da soja no Brasil podem registrar aumento de R$ 7,00, o que tornaria os valores mais atrativos para os agricultores.
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