O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira, em seu blog “Soja”, afirma que “o grande vilão nesta safra foi o clima”, cujo comportamento foi irregular ao longo de todo país, o que pode ter causado alguns prejuízo às lavouras de soja.

Produtores estão preocupados com excesso de chuvas em MT

Silveira comenta que as chuvas foram mal distribuídas e irregulares no início do plantio e durante o crescimento da planta - forçando inúmeros replantios - e agora, na colheita, quando se precisa de sol, há chuvas constantes. “Em Mato Grosso houve muitos replantios como há muito não havia”, ressalta.

Com este cenário, o presidente da Aprosoja Brasil acredita que a safra nacional de soja não terá o tamanho esperado. “E a notícia que se propaga desde o início da safra é que o Brasil tem tudo para ser o maior produtor de soja mundial (...), mas pelo que temos visto no campo, pode ser que ainda cheguemos não lá este ano”, pontua.

Além das questões climáticas, Glauber Silveira também aponta outros problemas associados, como o ataque intenso de pragas e doenças. Segundo ele, no início da colheita houve muitos ataques de lagartas, lesmas, Buva e, agora, com a volta das chuvas, há o risco do aumento de casos de ferrugem asiática.

“Mas, apesar dos percalços, a maioria dos especialistas não espera uma safra de grandes quedas de produção, apenas não será uma daquelas safras extraordinárias que já tivemos, onde superamos a produção potencial projetada”, afirma.