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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Técnicos do IAS são capacitados em GO e MT

O ano começou animado para os técnicos do Instituto Algodão Social (IAS), responsáveis pela realização das auditorias nas fazendas para obtenção de certificados e selos que atestam a procedência da fibra cultivada e sua produção de acordo com as normas trabalhistas e ambientais, garantindo assim o acesso da pluma mato-grossense aos mercados mais exigentes.


Na segunda semana de janeiro, uma equipe do IAS participou em Rio Verde (GO) do Treinamento dos Parceiros de Implementação do programa Better Cotton Iniciative (BCI). Esta semana (de terça à sexta-feira), técnicos do IAS participarão de um curso da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) com enfoque em auditoria, em Cuiabá e numa fazenda de Campo Verde (a 130 km da capital mato-grossense).

“Há sete anos, os associados da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) criaram o IAS e foram pioneiros na busca de tornar a cotonicultura do Estado uma referência em termos de produção socialmente correta. O IAS vem procurando evoluir e realizar seu trabalho cada vez melhor, o que inclui o treinamento contínuo de seus técnicos”, afirma Félix Balaniuc, diretor executivo da entidade. A parceria com a ABNT foi iniciada em 2007 e a criação do Selo de Conformidade Social deu à pluma mato-grossense uma nova imagem, assegurando-lhe a credibilidade internacional.

Desde o início da parceria com a ABNT, mais de 13 milhões de fardos de pluma já foram produzidos e comercializados com o selo “Algodão Socialmente Correto” contribuindo para que a fibra de Mato Grosso – hoje o maior produtor de algodão do Brasil – conquistasse os mercados nacional e internacional. Para obtenção do certificado concedido pela ABNT, são verificados em auditorias de campo os critérios internacionais relativos à conformidade social da produção, tais como a proibição de trabalho infantil e forçado ou análogo ao de escravo, proibição de trabalho indigno ou degradante, regularidade do contrato de trabalho, segurança do trabalho, proibição de discriminação de pessoas e liberdade sindical.

A partir da safra 2012/13, o selo que vem acompanhando a pluma mato-grossense desde o início da certificação será substituído pelo ABR – Algodão Brasileiro Responsável, lançado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) em setembro passado. O rigor do processo de certificação, de acordo com as normas da ABNT continuará o mesmo, daí a importância do curso de preparação de técnicos do IAS com enfoque em auditoria que acontecerá na próxima semana, com base no programa ABR. As aulas teóricas serão dadas no Hotel Taiamã, em Cuiabá, nos três primeiros dias (de 22 a 24) sob o comando de monitores da ABNT e com a participação de técnicos de entidades de outros estados produtores de algodão. Na sexta-feira (25/01), o IAS promoverá o treinamento de técnicos novos numa fazenda de algodão de Campo Verde.



.BCI – O selo BCI é outra conquista dos produtores de algodão de Mato Grosso. Implantado inicialmente em quatro estados brasileiros, o programa é uma iniciativa global que tem por finalidade melhorar a produção mundial de algodão em todos os aspectos - social, ambiental e no que diz respeito à lucratividade do produtor -, visando assegurar a sustentabilidade dessa cultura. As primeiras licenças de produção e comercialização foram concedidas na safra 2010/2011. No início, apenas quatro fazendas mato-grossenses aderiram ao programa internacional, mas na safra 2012/13 o número de propriedades chega a 49.

Na atual safra, o processo de certificação ABR e o BCI serão coordenados e executados em conjunto pelas equipes técnicas do IAS. O BCI propõe a produção de um algodão global “melhor para quem produz, para o meio ambiente em que é cultivado e para o futuro do setor”. Alguns pesos pesados da indústria internacional são comprometidos com a compra de pluma produzida de acordo com o programa BCI (o chamado “algodão BC”).

Durante o Treinamento dos Parceiros de Implementação do BCI, realizado em Goiás, no dia 8 deste mês, os técnicos do IAS e de outras entidades estaduais produtoras de algodão receberam informações sobre Legislação Ambiental e foram treinados em vários aspectos que fazem parte do Sistema Better Cotton. A maior parte do conteúdo foi passada pela facilitadora Andrea Aragón, coordenadora regional do BCI no Brasil. No dia 9, os participantes visitaram a fazenda Santa Maria do Mirante, onde puderam colocar na prática os conhecimentos adquiridos.

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