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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Preço da soja no mercado é afetado por falta de chuva

Foto: Reprodução/Ilustração

Preço da soja no mercado é afetado por falta de chuva
A escassez de chuva em algumas lavouras de soja da Argentina já reflete nos preços do produto no mercado internacional. Em localidades como de Junín e Lincoln, na província de Buenos Aires, e em Venado Tuerto, na de Santa Fé, que juntas são responsáveis por mais de 1,5 mi de hectares de soja, há quase 30 dias não chove.


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De acordo com a assessoria de imprensa da Fapemato, desde segunda-feira (21) até o sábado (26), a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) junto com o Instituto Mato – grossense de Economia Agropecuária (Imea) estão em uma missão técnica no país vizinho. O grupo está visitando as lavouras de soja daquela região.

O gestor do Núcleo Técnico da Famato, Eduardo Godoi, que compõem o grupo de missionários, relatou que não existe possibilidade de chuva para os próximos dias na região. A preocupação é que se caso o tempo não mude a produção de cerca de R$ 54 mi de tonelada, que era estimada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), será reduzida. “Por aqui, pesquisas da empresa de consultoria Globaltecno já indicam que a produção não deve passar dos 50 milhões de toneladas, o que mostra que os produtores argentinos não estão tão otimistas. Apesar do solo ainda estar úmido por conta das chuvas dos últimos meses de 2012, em que muitos campos foram alagados, o retorno das precipitações é muito aguardado pelos produtores”, explica Godoi.

O problema que ocorre na argentina desencadeia problemas também para os produtores de Mato Grosso. Na terça-feira (22), a Bolsa de Chicago fechou com ganhos acima de 20 pontos, e o valor do contrato março/13 alcançou US$ 14,50 o bushel. “Esse movimento de alta em Chicago refletiu nos preços da soja mato-grossense. Em algumas praças, tivemos altas entre US$ 1 e US$ 1,50 por saca e com certeza, entre as causas desta alta está a falta de chuvas na Argentina”, destacou gestor do Imea, Daniel Latorraca.

Clima

O clima também afeta a qualidade das lavouras. “Não é por aqui que os argentinos vão colher os melhoras grãos. A expectativa dos produtores locais é de uma produtividade mediana, por causa da tamanha variação de clima, com chuvas intensas seguidas de período seco. Não há muita empolgação quanto ao rendimento, um pouco diferente do que se via em meados de dezembro, quando choveu muito e a qualidade das lavouras estava melhor”, frisou Eduardo Godoi.

Comercialização

Ao contrário do que ocorre em Mato Grosso, que cerca de 70% da safra 2012/2013 já foi comercializada, na Argentina os compradores de soja acreditam que apenas 15% da produção foi vendida até o momento. Conforme Latorraca, no país vizinho não há pressão de comercialização antecipada como em Mato Grosso. “Os argentinos têm a tradição de vender grande parte da produção somente no período de colheita”, comenta.

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