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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Maggi não vê risco de apagão na Copa e diz que oferta reduzirá custo da energia

Foto: Reprodução - Veja

Tendência do mercado é redução da conta de luz devido à oferta de energia no país

Tendência do mercado é redução da conta de luz devido à oferta de energia no país

O senador Blairo Maggi (PR-MT) não acredita que o Brasil esteja passando por uma crise no setor elétrico ou que haja ameaça de desabastecimento nos próximos anos. Em entrevista exclusiva ao Agro Olhar, Maggi projeta que a tendência para os próximos dois anos é de redução ainda maior da conta de energia para o consumidor comum e empresas.


A avaliação do senador é feita na semana em que o governo federal coloca em prática a redução de até 18% na conta de luz para consumidores residenciais e de 32% para a indústria.

De acordo com o parlamentar, a redução é reflexo imediato da iniciativa do governo federal de promover a revisão dos contratos de concessão junto às empresas do setor.

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“A revisão proposta pela presidente Dilma Rousseff fez com que novos contratos e novos valores fossem firmados. As empresas concessionadas já tinham obtido retorno de seus investimentos e não havia necessidade de praticar os mesmos valores. O preço ficou mais justo”, afirma.

Empresário do agronegócio e produtor de energia, Maggi prevê redução da tarifa da energia por conta do aumento da ofertas. O preço do megawatt em 2012 ficou em R$140. Mas para 2013, a projeção é de R$ 130.

Segundo ele, notícias alarmantes sobre problemas nos níveis dos reservatórios por conta da falta de chuvas em dezembro não passam de sinal de fumaça e não condizem com a realidade do mercado de produção de energia.

“Parte da imprensa está maximizando o problema. O mercado está trabalhando com excesso de ofertas de energia. Quando há excesso, a tendência é o preço da mercadoria cair”, explica.

Nem a recente divulgação do relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) dando conta de que atrasos em obras no sistema elétrico nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo podem comprometer o abastecimento durante o evento parece motivo de preocupação.

“Não há risco de desabastecimento durante a Copa nem depois. Sou produtor de energia. Estes assuntos vem à tona com contornos diferentes da realidade do mercado”, ressalta.

Passou a vigorar no dia 24 a redução da tarifa de energia. A redução na conta de luz vai custar aos cofres públicos R$ 8,4 bilhões. Bem mais que os R$ 3 bilhões previstos antes.

O custo aumentou, segundo o governo, porque as companhias energéticas de três estados não fecharam acordo. O ministro de Minas de Energia disse que o governo vai usar créditos que tem a receber da usina de Itaipu para bancar o desconto.

O desconto na conta de luz também foi maior do que o governo havia anunciado. Agora, é de no mínimo, 18% para residências e de até 32% para a indústria.

Conforme a Aneel, o consumidor só terá a redução integral a partir do dia 25 de fevereiro. As contas de luz que chegarem antes vão trazer uma média do valor antigo - mais caro - e do novo - mais barato.
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