Dados do Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Negócios Rurais (DEFRA, na sigla em inglês) do Reino Unido mostram que, antes mesmo da crise econômica de 2008, a produção local de carne de frango enfrentou forte retrocesso.

Expandindo-se a uma média de 1,5% ao ano entre 1998 e 2005, a produção britânica recuou em 2006 (ano da crise da Influenza Aviária) e novamente em 2007, permanecendo praticamente estagnada nos dois anos seguintes. Em 2010 retornou, praticamente, ao normal, retrocedendo novamente em 2011. No ano passado aumentou 1,78% mas, ainda assim, continuou ligeiramente aquém do recorde registrado em 2010.

Apesar desses altos e baixos, a de frango vem sendo a única das carnes avícolas britânicas a registrar evolução na produção: nos últimos 15 anos (1998/2012), expandiu-se a uma média próxima de 1% ao ano e acumula no período incremento de 14,3%. Mas foi só. Porque as outras duas carnes avícolas de consumo mais representativo no Reino Unido – a de peru e a de pato – vêm acusando redução contínua.

Os números do DEFRA mostram isso, apontando que entre 1998 e 2012 a participação da carne de peru na produção britânica de carnes avícolas recuou de 19% do total para apenas 12%. E a de pato, que já apresentava participação reduzida (3%), agora responde por não mais que 2%. Resultado: a carne de frango, que 15 anos atrás respondia por cerca de três quartos (74%) da produção total, fechou 2012 com um índice de participação superior a 82%.