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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Notícias | Agronegócio

Irrigação aumenta produtividade de milho e soja em cerca de 60%

O sistema de irrigação aumenta a produtividade da soja em 60%, com rendimento de até 80 sacas por hectare, superior as 50 sacas por hectare da oleaginosa cultivada sem a irrigação. Com o milho, o resultado chega a 6 toneladas de grão por hectare, 57% acima das 3,8 toneladas por hectare sem a tecnologia. Os dados foram apresentados nessa quinta (24), durante o Showtec 2013, realizado em Maracaju (MS).


Para o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa, Danilton Luiz Flumignan, o produtor rural que utiliza a irrigação tem níveis garantidos de produtividade, facilitando o planejamento de sua atividade. “São resultados que não dependem das condições climáticas, porém é preciso conhecer o clima da região para aproveitar melhor o rendimento da tecnologia”, diz. Outro fator que garante ganho na produção é que o sistema de irrigação contribui para o melhor aproveitamento dos fertilizantes no solo.

Flumignan alerta que a tecnologia precisa apenas de investimento planejado. “Quem quer inserir esse sistema precisa de um estudo de viabilidade e estar preparado para um alto custo inicial, principalmente em energia elétrica, e para arcar com mão de obra especializada para operação e manutenção dos aparelhos”, finaliza.

O produtor Dair Bigaton (foto acima), de Rio Brilhante, que utiliza a irrigação em 200 hectares, dos 1.200 hectares de produção integrada em sua propriedade, investe na técnica há 18 anos. “Tenho possibilidade de venda futura dos produtos já que o resultado é garantido”, diz. Bigaton adota, além da irrigação, o plantio direto e a integração com outras culturas. “Isso torna minha propriedade sustentável. Mesmo em tempos de crise, passo longe do prejuízo”, comemora.

As pesquisas e a experiência do produtor rural e engenheiro agrônomo, Luciano Muzzi Mendes, fez com que sua propriedade obtivesse um aumento de produtividade do milho safrinha em sua fazenda em Maracaju (MS). Muzzi Mendes explica que o agricultor precisa ter como parâmetro Produtividade X Preço X Custo. “É difícil para sabermos sobre a produtividade e o preço que vai se estabelecer para o milho, mas temos o custo e precisamos prever qual será a conta em cima de diversos valores de quanto a saca deve custar”, explicou.

O engenheiro agrônomo faz uma planilha com diversas produtividades e pelo histórico de sacas/hectare consegue prever o custo e qual o lucro. “Com isso, consigo visualizar um possível estrangulamento na minha produção”, comentou, informando que na última safra de inverno seu custo foi de R$ 1.013 por hectare.

A produtividade média do milho safrinha na propriedade de Muzzi é de 80 sacas/hectare. “O agricultor precisa enxergar aonde está”, afirma. Ele aconselha que para traçar a produtividade, o produtor precisa ser cauteloso.

Para ganhar em produtividade, ele aponta a necessidade de se informar quanto as tecnologias e usar dela. “Aqui em Maracaju, temos uma pesquisa da Fundação MS que nos últimos 18 anos, em quatro anos não tivemos geadas, logo, é mais provável que a tenhamos e isso afeta a produtividade”. Para sanar esse problema, o conselho é fazer o plantio antecipado. O restante, conforme apontou o engenheiro agrônomo, é usar técnicas de baixo custo, utilizar fertilizantes de qualidade e escolher bem o tipo de hibrido. “Se o fertilizante for ruim é preciso devolver ao fabricante; se o hibrido não der rentabilidade, não comprar mais do fornecedor”.

O Showtec 2013 tem como tema a “Diversificação do Agro para um Brasil Melhor” e acontece de 23 a 25 de janeiro, na sede da Fundação MS em Maracaju (MS). Essa é a 17a. edição da Feira, realizada pela Fundação MS e promovida pelo Sistema Famasul- Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Sistema OCB/MS - Organização das Cooperativas Brasileiras, e Aprosoja/MS - Associação de Produtores de Soja de MS.

O evento, que tem entrada franca, tem como apoiadores o Governo do Estado de MS, por meio da Fundems- Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja, da Seprotur- Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, da Agraer- Agencia de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, Fundect - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia, Embrapa, Sebrae, Biosul, Sicredi, Prefeitura de Maracaju, Crea-MS, Aeams e Fundação Agrisus.
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