Como Antenório Possmai, que na terça-feira colheu os primeiros 11 alqueires na região do distrito de São Luiz do Oeste. “Tenho mais 94 para colher, mas terminando aqui já começa outra área que já dessequei também e não para mais até finalizar”, explica ao comentar que por enquanto a produtividade está acima da esperada.
A primeira colheita teve rendimento médio de 160 sacas/alqueire. “Achei que seria bom porque o tempo ajudou, mas não pensei que seria tudo isto”, detalha ao revelar que apostou em uma variedade nova no mercado que resultou em plantas baixas, mas carregadas de vagens e grãos.
O teste do plantio de 40 sacas desta variedade nova no dia 25 de setembro, teve resultado satisfatório, porém, para as próximas decisões o produtor irá analisar todas as demais. “Mas acho que tenho variedades que são melhores, vamos ver com a colheita”, justifica.
Possmai antecipou a colheita em aproximadamente oito dias com a dessecação. “Vamos dessecando as outras áreas e colhendo e logo após já plantando o milho safrinha. Nesta área colhida hoje (quarta-feira), já começamos a plantar amanhã (quinta-feira)”, revela ao garantir que a época e condições climáticas são ideais para a semeadura.
RECUPERAÇÃO
Embora a última safrinha tenha sido de boa produtividade, é com esta safra verão que os produtores esperam recuperar as perdas da safra verão 2011/2012. “Em 25 alqueires em outra área no ano retrasado eu havia colhido 3.200 sacas, no ano passado foi 1.200, uma quebra de mais de 60%”, recorda ao apontar que o granizo prejudicou os resultados.
Mas, para a recuperação, além do alto rendimento da cultura, o produtor aposta em boa venda. “Ano passado levei uma invertida, escolhi vender a soja e ficar com o milho, que estava em R$ 27,00. O milho manteve o preço e a soja subiu. Vendi por R$ 48,50 e deixei de vender a R$ 78,00 depois”.
Com a experiência do ano passado, desta vez o agricultor vai apostar na valorização da oleaginosa. “Não dá pra vender agora, está muito baixo perto do que chegou. A R$ 58,00 compensa esperar porque acho que vai melhorar”, garante.
SAFRA
Esta safra realmente é a aposta de todos os produtores rurais da região. Segundo o técnico do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Deral/Seab), Paulo Oliva, se o clima ajudar, as perspectivas iniciais deverão ser concretizadas no total.
Na região de Toledo foram cultivados 451.801 hectares de soja, área 2% maior do que a 1ª safra passada, quando foram plantados 444.691 hectares. Mas, a produção esperada é muito superior, devido à quebra de 56% nesta cultura na safra anterior. Ano passado foram colhidas 643.023 toneladas, já este ano estão sendo esperadas 1.536.123, um aumento de 139%. A produtividade esperada para a soja 2012/213 é de 137 sacas/alqueire, 79 a mais do que as 58 da passada.
Já o milho, embora tenha diminuído em 18% a área plantada, passando dos 34.350 hectares para 28.150 este ano, a produção também deve ser maior pela quebra de 19%. A previsão de 2012/2013 é de 251.943 toneladas. Na colheita de 2011/2012 houve produção de 250.535. A partir de agora, que estas expectativas começam a se firmar.
“Iniciou a colheita da soja precoce, mas o pico mesmo será no começo de fevereiro”, explica ao citar que estende até março, porém precisa de condições adequadas. “O que pode intervir ainda é o excesso de chuva nesta época”, afirma o técnico. Após a colheita da soja vem a o milho, que até o início de abril deve estar concretizada.
SAFRINHA 2013
Por enquanto a safrinha ainda tem apenas previsões iniciais. Oliva salienta que os dados sofrerão mudanças, porque dependerão muito da colheita da safra verão. “Inicialmente está sendo esperado o plantio de 418 mil hectares de milho e oito mil de soja. De trigo ainda não temos nenhuma perspectiva”, finaliza o responsável.
