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Quinta-feira, 30 de maio de 2024

Notícias | Agronegócio

Plano nacional estimula o aumento de áreas irrigadas e da produtividade

Fundamental para a maioria das culturas agrícolas de SC, a água é o foco principal do Plano Nacional de Irrigação, aprovado pelo governo federal no dia 14. No Estado, o cultivo de arroz será o maior beneficiado pela simplificação da burocracia. Mas outras culturas, como feijão, soja, milho e pastagem para o gado leiteiro e de corte também entram no foco do plano.


Após ser aprovado, o plano nacional será encaminhado para regulamentação, que deverá ser feita em até seis meses. Mas, segundo o Ministério da Integração, os primeiros resultados devem demorar dois anos para aparecerem.

O objetivo das medidas é aumentar a produtividade no campo e reduzir a dependência dos efeitos climáticos ao incentivar a ampliação da área irrigada. O que evitaria a repetição de cenários como o vivido por SC em 2012, quando mais da metade do Estado decretou estado de emergência causado por estiagem.

A primeira etapa da mudança deverá ser a formação de um grupo de discussão no Estado por iniciativa do Ministério da Integração. O secretário Nacional de Irrigação, Guilherme Orair, afirma que o potencial de ampliação da área irrigada em SC chega a ser de quase sete vezes.

— Hoje temos 5,5 milhões de hectares no país e são aproximadamente 150 mil hectares em SC. Mas o potencial do país permite alcançar cerca de 30 milhões de hectares, sendo em torno de 1 milhão no Estado — projeta Orair.

O analista de mercado da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC (Epagri), Luiz Marcelino Vieira, é cauteloso sobre os efeitos da medida nas lavouras de arroz do Estado:

— Cerca de 85% das águas usadas nas colheitas de arroz são captadas em rios próximos às lavouras. Por isso, o custo para transporte é relativamente barato e deve ser pouco influenciado pelo plano. Vai ajudar mais é no planejamento, porque o agricultor terá apoio para ter estrutura e poder estocar águas no período de estiagem.

Para o Rio Grande do Sul, líder do mercado com 65% da produção brasileira, a situação será diferente porque as lavouras dependem, basicamente, da água canalizada ou estocada em pequenas cisternas, afirma Orair. Por lá, o efeito deve ser mais concreto, como estima o presidente do Sindicato Rural de Tapes e Sentinela do Sul (SRTS), Juarez Petry de Souza:

— O incentivo à compra de equipamentos mais modernos e eficientes devem fazer os custos na irrigação reduzir entre 15% e 25%. No valor final do produto, me arrisco a dizer que pode gerar até 5% de redução.
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