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Terça-feira, 14 de maio de 2024

Notícias | Economia

Agricultor familiar expande negócios com auxílio de nova linha de crédito

O agricultor familiar Lucas Castro Alves de Sousa é o primeiro mineiro a ter acesso à linha de crédito do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O financiamento foi adquirido com o suporte da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).


A nova modalidade de crédito, do governo federal, prevê o financiamento de projetos agrícolas comprometidos com a redução das emissões de gases de efeito estufa nas atividades agropecuárias. Com isso, o ABC incentiva a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis.

O recurso repassado ao agricultor foi investido na implantação de um projeto de agricultura orgânica, na Fazenda Vista Alegre, em Capim Branco, região Central do Estado. A iniciativa envolve as atividades de horticultura, fruticultura, ovinocultura e adubação verde, além do sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), com o plantio de eucalipto.

Segundo Lucas, o desafio é expandir a atual produção de hortaliças orgânicas. “A meta é vender também os produtos orgânicos para supermercados e restaurantes da capital”, conta o produtor.

O município de Capim Branco é conhecido por desenvolver a agricultura orgânica, sobretudo de hortaliças. “Temos, em média, 10 agricultores trabalhando com esse tipo de produção, sendo seis deles familiares. Todos têm o certificado ou a declaração de cadastramento no Ministério da Agricultura, que garante o produto como orgânico”, afirma o extensionista da Emater-MG, Adenilson de Freitas, que acompanha o projeto sustentável do agricultor Lucas.

Ainda segundo Adenilson, os produtores de orgânicos do município participam da Feira de Orgânicos da Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (Smasan) da prefeitura de Belo Horizonte e do Programa de Alimentação Escolar (Pnae), atendendo escolas públicas de Capim Branco, Matozinhos e São José da Lapa.

Projetos sustentáveis

Como incentivador de práticas sustentáveis no campo, a linha de crédito ABC financia a recuperação de áreas e pastagens degradadas, a implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária – de plantio direto, a ILPF e a adequação ou regularização das propriedades rurais.

Podem se beneficiar da linha ABC produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas e cooperativas. As taxas de juros são diferenciadas e variam de acordo com o plano agrícola de cada ano-safra. Para 2013/2014, será de 5,0%. O limite de financiamento é de até R$ 1 milhão por cliente, por ano-safra, de acordo informações disponíveis no site do Mapa.

Os interessados nesta modalidade de crédito podem obter informações no escritório da Emater-MG e nas agências bancárias. “O produtor pode procurar o gerente bancário ou o responsável pela carteira de crédito rural da instituição financeira para uma proposta e análise. Cabe ao técnico local da Emater-MG fazer uma visita à propriedade rural e todo o levantamento necessário para planejamento e acesso ao recurso que atenda à necessidade do produtor”, explica Adenilson.

Para coordenador técnico estadual de bovinocultura da Emater-MG, José Alberto de Ávila, mesmo considerando que os juros do ABC são 3% mais altos que o Pronaf, o volume de recursos é maior e pode atender a uma necessidade do produtor.

“A diferença de 3% é um fator limitante, mas o ABC é mais flexível em termos de volume de recursos. Pode-se tomar até R$ 1 milhão”, opina José Alberto, que ainda informa que quem estabelece o limite de crédito é o banco.
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