O frango vivo comercializado no interior paulista – que desde o início da semana passou a operar em mercado fraco – não conseguiu manter a sustentação anterior e perdeu cinco centavos de seu preço, voltando a ser negociado por R$2,85/kg, valor registrado pela última vez nos primeiros dias de dezembro de 2012.

Contaminado pelo comportamento paulista, o mercado mineiro acompanhou e, com isso, o preço do frango vivo negociado em Minas Gerais (com perda, também, de cinco centavos) recuou para R$2,90/kg, mesmo valor que vigorou por pouco mais de 10 dias em meados de janeiro passado.

Este momento do mês (final de período) é, sabidamente, bastante crítico para a comercialização. Mas a relação oferta/procura vinha se mantendo em perfeito equilíbrio – daí a estabilidade de quase 40 dias no interior paulista. O que mudou, nesta semana, foi o surgimento de ofertas procedentes de empresas integradas, ou seja, uma produção não programada e, portanto, sujeita aos caprichos do mercado.

Não se sabe, ainda, se essas ofertas decorrem de questões funcionais (por exemplo, redução ou paralisação dos abates por problema mecânico ou outros) ou se resultam de um aumento de produção que gera excedentes momentâneos. O fato é que são pontuais e, tudo indica, tendem a ser superadas no curto prazo. Ainda assim, acabam por fragilizar todo o mercado, sujeito agora a especulações.

A despeito desse recuo (o terceiro nos primeiros 51 dias de 2013), o frango paulista permanece com uma cotação 72% superior à de um ano atrás. Isso chama a atenção, mas não tem o menor significado. Pois, como mostra o gráfico abaixo, o preço atual está 39% acima do valor alcançado dois anos atrás, em fevereiro de 2011. Mal cobre, portanto, o aumento de custos observado nos últimos tempos.