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'Decisão pode botar uma ‘pá de cal’ na ação que movemos', diz Fávaro

Assim, a decisão torna-se instrumento estratégico para ser utilizada como argumento na ação que a Aprosoja, Famato e Sindicatos Rurais de Mato Grosso movem contra a multinacional, pedindo ressarcimento e indenização por tudo que foi cobrado do vencimento da patente até hoje.

22 Fev 2013 - 16:21

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

'Decisão pode botar uma ‘pá de cal’ na ação que movemos', diz Fávaro
A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que nega recurso especial da Monsanto - solicitando prorrogação da patente da tecnologia RR1 de soja no Brasil – pode indicar o fim, vitorioso, da ação que os produtores de Mato Grosso movem contra a multinacional. “Essa decisão pode botar uma ‘pá de cal’ na ação que movemos contra a Monsanto”, acredita o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro.


Pedido de prorrogação de patente da Monsanto é negado pelo STJ e agronegócio comemora

Na decisão do STJ, proferida na quinta-feira (21), o ministro Ricardo Villas Bôas Cueva define que não há possibilidade de extensão da patente da tecnologia que, segundo as leis brasileiras, completou 20 anos e, portanto, tornou-se de domínio público em 31 de agosto de 2010.

Assim, a decisão torna-se instrumento estratégico para ser utilizada como argumento na ação que a Aprosoja, Famato e Sindicatos Rurais de Mato Grosso movem contra a multinacional, pedindo ressarcimento e indenização por tudo que foi cobrado do vencimento da patente até hoje.

“É uma vitória do produtor de Mato Grosso e de todo o país”, comemora Fávaro, ponderando que as entidades são a favor da propriedade intelectual e da pesquisa, mas que as cobranças de royalties devem ser feitas dentro da legalidade.

Aprosoja solicita na justiça de Mato Grosso que Monsanto apresente patentes da RR2

Rui Prado, presidente da Famato, acrescenta que considera de importância fundamental o pagamento de royalties para o desenvolvimento do setor, mas que depois de 20 anos uma patente passa a ser de domínio público, como já ocorreu com diversos princípios ativos utilizados pela agricultura e pecuária, assim como remédios em geral.

“Assim diz a legislação brasileira. A Monsanto vem agindo de forma ilegal no Brasil e sabe disso (...) Nós vamos fazer o possível para que essa decisão do STJ seja sentida na prática pelos produtores, em campo”, disparou Prado.
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