“O Brasil é o celeiro do mundo e Mato Grosso é o celeiro do país”. A fala do vice-presidente Sênior da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para a América Latina e de Sustentabilidade para a América do Sul, Eduardo Leduc, demonstra o forte interesse da multinacional alemã em investir no desenvolvimento de pesquisas específicas para o bioma Cerrado.
A inauguração do Centro Experimental Avançado (CEA), nesta terça-feira (26), em Lucas do Rio Verde, é índice das intenções da empresa. O centro nasce pronto para realizar pesquisas nas áreas de herbicidas, inseticidas e fungicidas. Com esta estação, a BASF realiza a abertura de seu sexto centro de pesquisa no Brasil.
De acordo com Leduc, a estação inicia os trabalhos de pesquisa apta a emitir laudos de eficácia, praticabilidade agronômica e de resíduos de defensivos para fins de registro junto ao órgão federal. Além de garantir mais agilidade na emissão dos laudos para solicitação de registro, o centro experimental vai possibilitar a realização de testes voltados para especificidades da região.
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À convite da direção da multinacional na América Latina, o
Agro Olhar acompanhou a cerimônia de inauguração do prédio que abrigará o centro de pesquisa. No local serão conduzidos estudos de eficácia biológica e fitotoxicidade de agroquímicos para o controle de doenças, plantas daninhas e pragas (insetos, nematóides, ácaros), nas principais culturas representativas do cerrado brasileiro – soja, algodão, milho, arroz, feijão.
A construção de um centro no município mato-grossense é fruto de um longo ‘namoro’ entre Fundação Rio Verde e BASF, segundo o presidente da fundação, Joci Piccini. “A inauguração da estação experimental é um sonho que se realiza; e a prova da confiança que a BASF deposita no trabalho que a fundação desenvolve nesta região há anos”. Piccini acrescentou ao discurso de agradecimento que o grande beneficiado com a instalação do posto experimental serão os agricultores.
“Vamos promover a aproximação entre tecnologia e agricultor, pois com o trabalho de pesquisa que será executado aqui nesta estação o produto final desenvolvido pela BASF chegará mais rápido ao maior interessado, que é o próprio produtor”, destacou o presidente da Fundação Rio Verde.
O prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, um dos produtores mais bem sucedidos de MT, também agradeceu a confiança depositada pela gigante do agronegócio mundial na pesquisa desenvolvida no município durante as três últimas décadas. “A vinda da BASF mostra a seriedade do trabalhado do homem do campo aqui de Lucas, e é resultado também de um labor que remete há 30 anos, quando começamos a plantar nesta região em busca de uma maior praticabilidade econômica”. O prefeito ressaltou que o agricultor de Lucas ‘é o melhor do mundo’.
Pivetta salientou a importância de casar a tecnologia com o trabalho no campo. “A tecnologia favorece toda uma cadeia, e faz com que o alimento que chega à mesa da população seja um alimento mais saudável. “A pesquisa leva a excelência do produto que é cultivada, seja soja, milho, feijão arroz”, exemplificou o produtor.
Centro Experimental Avançado
O Centro Experimental Avançado (CEA), credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está instalado na sede Fundação Rio Verde, localizado no KM 8 da BR-163. Com 450 m2, a sede do CEA comporta sala dos pesquisadores, reunião, laboratório, depósito de amostras, sala de preparo de calda e sala de equipamentos, vestiário, banheiros, área de lazer.
Os equipamentos e recursos técnicos necessários para a execução das análises, com capacidade para realização de 120 ensaios anuais, cumprem com propósito da BASF de investir sempre mais em inovação e pesquisa, visando desenvolver soluções tecnológicas e aumentar a produtividade e rentabilidade dos produtores rurais, com foco nos cultivos anuais.
A estação ocupa 15 hectares de área, destinada a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. A unidade vai atender uma área 2,8 milhões de hectares de soja e 1,2 milhões de hectares de milho de segunda safra. Tanto as condições climáticas como as do solo são características do Centro-Oeste, e os avanços obtidos podem ser aplicados em outras áreas do bioma cerrado.
