O Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) de Mato Grosso está sendo utilizado de maneira indevida, sofrendo desvio de função, segundo acusa a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), através de seu presidente, Rui Prado.

Em encontro realizado na terça-feira (16) entre produtores, representantes de sindicatos rurais, Famato, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Associação dos Produtores de Algodão (Ampa) e outras entidades representativas do agronegócio, o assunto foi amplamente discutido, revelando a indignação do setor.

De acordo com Prado, a arrecadação do Fethab é de cerca de 700 milhões de reais por ano e, ao invés desse montante ser utilizado para os fins para os quais foi nomeado, tem sido empregado para quitar folhas de pagamento do governo e deslocado para obras da Secretaria da Copa e Secretaria de Cidades.

“Esses recursos deveriam estar gerando investimentos e não estão. Não é o que está acontecendo”, ressaltou Prado, seguido de comentários no mesmo tom de outros presentes.

Outra indignação é sobre o Conselho do Fethab, que deveria trazer transparência ao processo, deliberando sobre o destino dos recursos e deixando claro todo tipo de informação referente à arrecadação e gastos. No entanto, segundo a Famato, a atual gestão estadual suspendeu as atividades do conselho.

O Fethab foi criado em 1998 e já foi receita forte do Governo estadual para atender as demandas dos municípios de Mato Grosso com a compra de maquinários, óleo diesel na construção de asfaltos e obras de infraestrutura e casas populares.

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