Pontos de necessidade de solução, falhas no governo de Mato Grosso e sugestões de ações são algumas questões abordadas na “Agenda Positiva do Setor Agropecuário – Pensar MT 2014”. O documento elaborado pelo setor produtivo será entregue aos candidatos ao governo de Mato Grosso nesta segunda-feira (1º) à tarde durante a apresentação de propostas dos mesmos.
A Agenda Positiva é idealizada pelo Fórum Agro MT formado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat). O projeto foi elaborado em parceria com a Fundação Dom Cabral.
Conforme o presidente da Famato, Normando Corral, o projeto visa apontar o que o setor precisa ao mesmo tempo em que dá sugestões de como melhor.
“O objetivo do trabalho não é apenas o agro seguir apontando os problemas para o governo, mas também mostrar para a sociedade as necessidades de melhorias. A sociedade é fundamental nesta luta. Esperamos que o futuro governador use o diálogo com a sociedade”, completa o diretor administrativo da Aprosoja-MT, Nelson Piccoli.
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O professor da Fundação Dom Cabral Marçal Chagas explica que o projeto possui três escopos: estruturação dos problemas, levantamento de alternativas e proposição de agenda. “Dividimos em seis temas prioritários: logística, tributação, meio ambiente, energia, defesa e fundiário. Com isso traçamos as necessidades e as sugestões de melhorias. Percebemos que o Fethab foi um dos pontos mais abordados pelos produtores”.
Chagas salientou ainda que constatou-se que a carga tributária no agronegócio em Mato Grosso é 58% maior que na Bahia, o que acaba por onerar ainda mais o setor. “Hoje, o temo um ambiente em Mato Grosso oneroso, complexo (burocracias) e inseguro (regulamentação fundiária). Boa parte pode ser resolvido com planejamento, comunicação, entre outros”.
Para o também professor da Fundação Dom Cabral Fábio Cammarota, é preciso ligar as estratégias ao alinhamento das estruturas implementadoras (órgãos do governo do Estado).
A Agenda Positiva revela ainda que existem secretarias do governo de Mato Grosso com atuação enfraquecida ou cujo papel não esteja sendo significante como o preciso. “O Estado tem que estabelecer uma visão de futuro com novas culturas de potencial para não ter que depender apenas das que tem hoje. Muitos problemas tem como causas o problema de gestão do governo de Mato Grosso. A Agenda Positiva busca trazer proposições para sanar tais problemas”, salienta Marçal Chagas.
Para a elaboração da Agenda Positiva do Pensar MT foram percorridas cerca de 18 cidades em Mato Grosso entre os meses de abril e maio de 2014.
No decorrer dos encontros 10 temas foram colocados em pauta com o setor produtivo do agronegócio mato-grossense, sendo eles o modelo de gestão de Mato Grosso; fundiário; logística; trabalhista; capacitação; pesquisa, tecnologia e inovação; política de atração de investimento; sanidade animal e vegetal; ambiental e crédito, comercialização e financiamento.
