Não só a demora na semeadura de soja da safra 2014/2015 e a possibilidade de perder a janela ideal de plantio da safrinha foram consequências do atraso das chuvas este ano em Mato Grosso. As perdas em vigor e germinação das sementes de soja também estão sendo reclamações recorrentes no campo.
O que ocorre neste caso é que, findado o vazio sanitário, em 15 de setembro, muitos produtores já retiraram suas sementes dos armazéns das empresas produtoras de sementes, na expectativa de iniciar o plantio.
Com a expectativa frustrada e a falta de chuva, o material ficou armazenado à espera do momento ideal de semeadura e esse é o maior problema, pois, fora do ambiente, temperatura e umidade ideais, a semente sai do estado latente, começa a perder energia e o vigor e germinação sofrem quedas.
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De acordo com publicação sobre Tecnologia de Soja da Embrapa, as sementes, como ser biológico, devem receber todos os cuidados necessários para se manterem vivas e apresentarem boa germinação e emergência no campo.
Os cuidados orientados pela Embrapa são: armazenar as sementes em galpão bem ventilado, sobre estrados de madeira; não empilhar as sacas de sementes contra as paredes do galpão; não armazenar sementes juntamente com adubo, calcário ou agroquímicos; o ambiente de armazenagem deve estar livre de fungos e roedores; e dentro do armazém a temperatura não deve ultrapassar 25ºC e a umidade relativa não deve ultrapassar 70%.
O não cumprimento dessas medidas afeta a semente. A instituição orienta que não tendo estrutura para seguir as orientações, o produtor deve retirar o material da empresa apenas próximo ao plantio. O problema é que, no caso das intempéries climáticas sofridas este ano, nem os produtores, nem as empresas fornecedoras de sementes puderam evitar o problema.
