Mato Grosso possui aproximadamente 231 piscicultores, que representam cerca de 20% do total de produtores rurais existentes hoje no Estado, e uma produção que chega a quase 60 mil toneladas/ano de peixe. Entre os entraves e desafios da atividade estão a ausência de crédito, mão-de-obra qualificada, união dos piscicultores, melhoramento genético e informações de mercado.
De acordo com o primeiro Diagnóstico da Piscicultura, em Mato Grosso, elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a pedido da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), aproximadamente 72% da produção de peixe no Estado é destinada ao consumo interno.
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Durante 10 meses foram visitados 231 produtores, com atividade ligada à piscicultura, além de 16 frigoríficos e pontos de comercialização de peixe no Estado. Segundo o diagnóstico, apresentado nesta quinta-feira (16), juntos estes 231 piscicultores produzem 45 mil toneladas de peixe por ano, porém acredita-se que chegue a cerca de 60 mil toneladas. O estudo ainda revela que 56% dos produtores entrevistados estão há menos de cinco anos na atividade.
Entre os entrevistados 30% revelaram estar na atividade por um gosto pessoal, enquanto 23% pela disponibilidade de água na propriedade e 16% em decorrência a diversificação de atividade. Nenhum dos 231 piscicultores declarou que a disponibilidade de insumos para ração no Estado ser maior foi um dos motivos que os levaram a entrar para o ramo. O diagnóstico revela que 80% do custo operacional da piscicultura são os insumos.
De acordo com o gestor de projetos do Imea, Daniel Latorraca, verificou-se que a piscicultura é uma atividade econômica de fácil manejo operacional em comparação as demais atividades, como a soja, milho, algodão e pecuária. Latorraca ressalta ainda que este tipo de setor permite uma alta produtividade, bem como agregação de valores e renda.
Espécies
Os chamados peixes redondos (pacu, tambaqui e seus híbridos tambacu e tambatinga) representam 58% das espécies produzidas na piscicultura mato-grossense. Já os chamados bagres de couro (pintado) 27% e os brycons (piraputanga e matrinxã) 9%.
