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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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INAUGURANDO ROTA

Bunge carrega 1º navio com soja de MT em novo porto construído no Pará

O novo corredor vai beneficiar principalmente produtores e traders instaladas no entorno dos municípios de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio do Verde e Nova Mutum, cortados pela BR-163. O ganho com o frete vai se traduzir em melhores margens de lucro e maior competitividade, avaliam fontes do setor produtivo da soja e do milho.

Foto: Divulgação

Navio parte do terminal portuário da Bunge em Vila do Conde (PA)

Navio parte do terminal portuário da Bunge em Vila do Conde (PA)

A multinacional Bunge está carregando, esta semana, o primeiro navio com soja de Mato Grosso no novo terminal portuário da empresa em Vila do Conde, no município de Barcarena (PA).

A presidente Dilma Rousseff participa da inauguração do complexo nesta sexta-feira (25) e, no sábado, o Panamax parte com os grãos rumo à Espanha.

Com o embarque de 61 mil toneladas de grãos, a Bunge inaugura sua nova rota de escoamento da safra mato-grossense. Antes de chegar à Vila do Conde, a soja seguiu em carretas modelo bitrem da região Norte de Mato Grosso até o terminal de transbordo em Miritituba, em Itaituba (PA). De lá, os grãos seguiram em barcaças até Barcarena.

Conforme a multinacional, a previsão é que em 2014 sejam exportados cerca de dois milhões de toneladas de grãos mato-grossenses por meio do novo sistema. Despachar o produto via Barcarena vai significar economia de 30% no custo do frete, em relação ao uso dos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

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O novo corredor vai beneficiar principalmente produtores e traders instaladas no entorno dos municípios de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio do Verde e Nova Mutum, cortados pela BR-163. O ganho com o frete vai se traduzir em melhores margens de lucro e maior competitividade, avaliam fontes do setor produtivo da soja e do milho.

A Bunge não comenta seus investimentos para viabilizar o novo canal de escoamento, mas a estimativa é que foram necessários cerca de R$ 500 milhões na construção da estação de transbordo em Miritituba e no terminal portuário em Vila do Conde. A isso, soma-se mais R$ 300 milhões na construção de barcaças.

Além da Bunge, a trading americana Cargill e as operadoras logísticas Cianport (formada por Agrosoja e Fiagril) e Hidrovias do Brasil possuem projetos em estágio final de licenciamento ambiental e com obras iniciadas há alguns meses. Após todos os terminais estiverem concluídos e a BR-163 totalmente pavimentada até Miritituba, a previsão é que pelo novo corredor sejam embarcados mais de 20 milhões de toneladas por ano.
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