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Sábado, 04 de maio de 2024

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AUMENTO DE 5,5%

China importará volume recorde de soja e poderá influenciar as cotações

De acordo com o mercado, a crescente demanda por carne na China tem impulsionado as importações de soja feitas pelo país, uma vez que o produto é matéria-prima de ração para bovinos, suínos e aves.

Foto: Imagem ilustrativa

China importará volume recorde de soja e poderá influenciar as cotações
O Centro de Informações de Grãos e Oleaginosas da China (CNGOIC, na sigla em inglês) anunciou, nesta segunda-feira (18), que o país deverá importar cerca de 77 milhões de toneladas de soja na temporada 2015/16. O volume será o recorde chinês na importação da oleaginosa, registrando aumento de 5,5% ante o ciclo anterior.

A China é o maior comprador global de soja – consumindo mais de 60% de todo o produto negociado no mercado internacional - e isso poderá influenciar nas cotações, segundo analistas de mercado. Os principais fornecedores ao país asiático são o Brasil, Estados Unidos e Argentina.

O aumento da importação chinesa está ligado à diminuição da área plantada. Conforme o anúncio da CNGOIC, os agricultores daquele país têm reduzido áreas de plantio de soja, dedicando mais terras para o cultivo de milho e arroz. A área com soja deverá cair 10,3% no ano.

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De acordo com o mercado, a crescente demanda por carne na China tem impulsionado as importações de soja feitas pelo país, uma vez que o produto é matéria-prima de ração para bovinos, suínos e aves.

Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que o governo chinês anuncia aumento das importações, em Mato Grosso há registro de recuo mensal de 56% nos embarques de navios com soja para aquele destino. Isso contraria o aguardado pelo mercado, que esperava bons números de exportação para abril por causa da safra recorde já quase toda colhida no último mês e de os volumes de fevereiro e março terem sido abaixo do esperado.

No Estado, que envia a maior parte da produção da oleaginosa para a China, a comercialização da safra de soja 2014/15 ‘arrefeceu’ no mês de abril, com os contratos já realizados totalizando cerca de 75% dos 27,8 milhões de toneladas da oleaginosa.

“Mesmo com a demanda ativa, os produtores reduziram o ritmo das negociações no aguardo de melhores oportunidades para negociarem sua produção”, diz o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no último boletim da soja.
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