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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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RUMO AO ORIENTE

China já comprou US$ 500,9 mil em milho de Mato Grosso no primeiro trimestre de 2014

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

China comprou no primeiro trimestre 2,897 mil toneladas de milho de Mato Grosso

China comprou no primeiro trimestre 2,897 mil toneladas de milho de Mato Grosso

As exportações de milho somaram no primeiro semestre de 2014 US$ 571,9 milhões. Deste montante US$ 500,9 mil são de milho adquiridos pela China, que no último dia 8 de abril aprovou um acordo com o Brasil liberando a importação do cereal. Para o setor produtivo mato-grossense é uma conquista a abertura dos portos chineses para o milho brasileiro.

A abertura dos portos chineses para o milho brasileiro teve suas negociações iniciadas em 2013, quando o então secretário de Políticas Agrícolas, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, hoje ministro da entidade, foi para a China construir um protocolo de venda de milho. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Favaro, a China em 2013 comprou cerca de 9 milhões de toneladas de milho. “Porém, não adquiriu nada do Brasil. O que está iniciando neste ano, como já podemos ver nos dados da balança comercial”.

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Levantamento da balança comercial do agronegócio, divulgada no dia 10 de abril, pelo Mapa, revela que a China comprou de Mato Grosso cerca de 2,897 mil toneladas de milho, que somaram US$ 550,9 mil. “A China é uma oportunidade para o Brasil. Ela já conhece o nosso padrão de produção, comercial e as nossas dificuldades. É uma grande conquista a liberação dos portos para o nosso milho”, diz Favaro.

O presidente da Aprosoja-MT salienta que Mato Grosso tem vocação para realizar duas safras ao ano, porém o produtor não pode pensar apenas nas exportações e sim nas oportunidades do mercado interno, como é o caso do etanol de milho, que já é fabricado em duas usinas sucroalcooleiras flex (produz etanol de cana-de-açúcar e de milho).

Por que novos mercados?

Um dos fatores que contribuíram para a liberação da importação de milho do Brasil é que a China quer diminuir a sua dependência dos Estados Unidos, tendo-se em vista que o país norte-americano fornece hoje mais de 90% do milho comprado pelo país asiático.

“O milho é o produto mais produzido no mundo e até pouco tempo atrás os países se auto sustentavam. O comércio internacional aumentou devido o crescimento populacional e a matriz energética dos Estados Unidos”, explica Favaro. Conforme o presidente da Aprosoja-MT, os Estados Unidos para suprir sua demanda energética passou a produzir etanol de milho. “Os Estados Unidos produz, hoje, praticamente para seu próprio consumo”, completa.

Segundo o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA na sigla em inglês), divulgado em 9 de abril, o país norte-americano colheu na safra 2013 353,75 milhões de toneladas de milho.

O acordo de liberação da importação do milho brasileiro foi assinado no dia 31 de março Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China. A demora para a assinatura, uma vez que as negociações iniciaram ainda em 2013, deveu-se a decisão da China por quais tipos de milho produzidos pelo Brasil era aceitáveis para compra.

Apesar do setor produtivo já comemorar o novo mercado para o milho, o Ministério da Agricultura afirma não ter recebido ainda uma comunicação formal da China sobre o Acordo.
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