A gestão de custos e a leitura de mercado serão essenciais aos produtores de soja na hora de decidir os passos da safra 2016/2017. O custo com insumos deve atingir R$ 1.970 por hectare no estado, valor este considerado o maior patamar já verificado.

As estimativas aponta uma safra, inicialmente, com custo total de R$ 3.300,86 por hectare, considerando a taxa de câmbio a R$ 3,89. O valor supera os R$ 2.958,37 desembolsados no ciclo 2015/2016. As despesas com insumo deverão saltar de R$ 1.756,13 por hectare da safra 2015/2016 para R$ 1.970,98 na safra 2016/2017. Em sementes o aumento tende a ser de R$ 218,81 para R$ 237,60.

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Contudo, o maior impacto será com fertilizantes e defensivos, onde os custos tendem a subir aproximadamente R$ 100 para cada em decorrência ao câmbio. Conforme projeções do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o gasto com fertilizantes salta de R$ 702,58 por hectare para R$ 800,01. Já defensivos de R$ 834,74 para R$ 933,37.

O Imea destaca que diante ao aumento do custo de produção, bem como as restrições e encarecimento do crédito, "o último ano proporcionou a “troca de mãos” de algumas fontes de financiamento do custeio. As multinacionais, aumentaram sua participação no funding da safra 15/16 de soja em Mato Grosso, dentre outros fatores, por conseguirem adquirir créditos a juros menores no mercado externo. Com a economia brasileira ainda fragilizada, aguarda-se uma participação ativa das multinacionais no custeio da safra 16/17".

O Instituto pontua ser necessário que os produtores mato-grossenses sigam de olho nos custos e na leitura de mercado, pois são fatores "essenciais para garantir bons negócios", assegurando a rentabilidade da cultura.