O ministro da Agricultura Neri Geller, durante o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015 nesta segunda-feira (19), em Brasília, lamentou a lentidão do sistema de registro para liberação de moléculas a serem usadas no combate às pragas nas lavouras.

Segundo o ministro, o Ministério da Agricultura é sensível aos apelos dos produtores rurais e trabalha no sentido de acelerar a análise dos registros de defensivos químicos para uso nas lavouras.

Leia também
Plano Safra aumenta em R$ 20 bilhões crédito para agricultura empresarial
Especialista australiano no controle da Helicoverpa estará em Mato Grosso nesta 5ª e 6ª

Ele citou como exemplo a permissão para o combate à ferrugem asiática e o decreto emergencial para combater a helicoverpa, que só em 2013 causou prejuízos de mais de R$ 10 bilhões em diversos estados.

No entanto, o ministro lamenta que, no caso da helicoverpa, o Ministério Público suspendeu o decreto emergencial e proibiu a importação do benzoato de amamectina. Segundo ele, cabe ao Congresso Nacional tornar a legislação mais ágil e adequada à realidade.

“Desde o ano passado temos agido prontamente para evitar a demora na liberação destes defensivos. Tive reuniões na semana passada com o ministro Luis Inácio Adams (da AGU) para nós entrarmos com recurso para derrubar a liminar. Infelizmente a legislação hoje é conflitante e isso é o papel do Congresso nacional flexibilizar”, afirmou durante entrevista coletiva após o anuncio do plano agrícola.

De acordo com Neri Geller, desde que entrou no Ministério, primeiramente como secretário de Política Agrícola e agora como ministro, teve início um processo de debate com a área técnica da Anvisa e do Ibama, órgãos que costumam barra qualquer tipo de produto que possa representar riscos ao meio ambiente.

“Temos tido uma postura muito firme na questão dos defensivos. Estamos deixando de lado a questão ideológica e entrando na prática. Demos início a uma argumentação técnica e tem dado resultado”, finalizou.