Assim como a produção, a demanda pelo milho produzido em Mato Grosso aparece 32% menor nesta safra 2013/2014, também. O recuo pela demanda é decorrente as perspectivas nas exportações do cereal entre os meses de julho de 2014 e junho de 2015. O estudo é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em sua primeira estimativa de oferta e demanda do milho em Mato Grosso, divulgada este mês.

Entre julho de 2014 e junho de 2015 as exportações de milho devem cair 43%, de 14,1 milhões de toneladas para 8 milhões de toneladas de milho na safra atual. Segundo o Imea, a diminuição dos embarques deve-se não apenas a redução de 32% da oferta do cereal mato-grossense, mas também a competitividade com os embarques realizados pelos Estados Unidos.

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A previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA na sigla em inglês) é que os embarques norte-americanos tenham um crescimento de 139% nos seus embarques na safra 2013/2014 no comparativo ao ciclo anterior. "Além destes fatores, as aquisições públicas também devem ser menores nesta temporada", frisa o Imea em relatório. As aquisições públicas devem reduzir em 96%.

A previsão para junho de 2015 é que Mato Grosso tenha um estoque de 0,09 milhões de toneladas de milho ao final do ciclo 2013/2014, o volume é 18% inferior as 0,11 milhões de toneladas registradas na safra 2012/2013.

Consumo

Apesar das exportações recuarem, o consumo interno de milho em Mato Grosso deve crescer "levemente" 15%, saltando de 3,1 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas. “Em decorrência, principalmente, da demanda mais aquecida para ração animal neste ano. A demanda de milho para a alimentação de aves de corte participa com 30% de todo o consumo do Estado, com registro de aumento de 16% em relação à safra 2012/13. Outra variável que impactou no aumento do consumo de milho do Estado está na produção de etanol, que na safra 2012/13 foi de apenas 45 mil toneladas e para o ciclo 2013/14 é aguardada em 242 mil toneladas”, explica o Imea.

Já o consumo interestadual de milho mato-grossense a previsão é de um incremento de 20%, subindo de 3 milhões de tonelada para 3,6 milhões. O aumento do consumo interestadual é decorrente a queda da produção de milho em todo o Brasil.