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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Aumentar o tempo do vazio sanitário não resolve o problema, declara Aprosoja

Foto: Reprodução/Internet

Aumentar o tempo do vazio sanitário não resolve o problema, declara Aprosoja
A ampliação do período do vazio sanitário não resolve o problema da redução da eficiência dos fungicidas no combate à ferrugem asiática, declara a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) quanto a proposta da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal de Mato Grosso (CDSV/MT) de ampliar o tempo de proibição do cultivo de plantas de soja de 90 para 150 dias.

A comissão de Defesa Sanitária Vegetal de Mato Grosso, durante reunião com o setor produtivo e representantes de órgão de defesa sanitária agropecuária, na segunda-feira (18) sugeriu uma proposta de ampliação do período do vazio sanitário em Mato Grosso diante a ineficiência dos atuais fungicidas e a falta de nova moléculas.

O novo tempo de proibição da existência de plantas de soja nas áreas urbanas e rurais em Mato Grosso passaria a ser de 15 de abril a 15 de setembro. Apesar da aprovação da proposta, é preciso que haja a regulamentação da proposta por parte do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT).

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Por meio de nota a Aprosoja-MT declara ser contrária a data sugerida por membros da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal de Mato Grosso. Na visão da entidade, que participou da reunião, a solução deveria ser outra se o problema em questão é a perda de eficiência dos produtos fitossanitários que existem hoje no mercado.

“Estamos discutindo um problema presente em 130 mil hectares (a soja safrinha), deixando de priorizar uma situação crítica existente em 9 milhões de hectares”, salienta o o presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk.

Conforme o diretor executivo da Associação, Marcelo Duarte, é preciso repensar as práticas de manejo dentro deste contexto da questão fitossanitária "que é muito maior que a discussão apenas em torno da soja safrinha".

A ampliação do período proibitivo do cultivo da soja, segundo o coordenador da Comissão de Defesa Sanitária, Wanderlei Dias Guerra, proporcionaria um menor tempo da sobrevivência de esporos da ferrugem asiática e assim diminuiria, também, a aplicação de fungicidas que podem vir a se tornar resistentes ao fungo. "Os fungicidas perderam nesta safra ainda mais a sua eficiência. Isso é natural ocorrer, mas o que agrava ainda mais a situação é que não há novas tecnologias de resistência à ferrugem. Além disso, não podemos arriscar ainda mais a safra principal por conta da safrinha da soja", declarou Guerra em recente entrevista ao Agro Olhar.
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