A safra 2013/2014 deve ser significativamente menor do que a passada para a cultura do milho. A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma produção de 78,5 milhões de toneladas, três milhões a menos do que no último ciclo agrícola. O volume pode cair ainda mais, uma vez que a produção na safrinha (segunda safra) também pode ser inferior à da safra passada.

De acordo com projeções feitas para 2014 pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), para a safra de verão, as estimativas apontam para uma redução de área entre 3% e 6,5%. Mantida a produtividade da safra passada, a previsão é de uma queda de até 2,5 milhões de toneladas na primeira safra do cereal.

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Somando a esta produção os elevados estoques herdados do ano anterior, deve haver, segundo cálculos da CNA, suprimento recorde de milho no próximo ano de mais de 90 milhões de toneladas. Mesmo se o país registrar bom desempenho nas exportações, dizem analistas, a projeção é de um grande excedente em 2014.

No mercado mundial, o cenário deve ser semelhante. Com uma safra cheia no hemisfério norte, o mercado no hemisfério sul inicia 2014 pressionado. A colheita elevada na argentina, Brasil e África do Sul deve colaborar ainda mais para uma elevada produção na safra 2013/2014.

Conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial deve ser recorde, chegando a 962 milhões de toneladas, enquanto que os estoques mundiais vão totalizar 164 milhões de toneladas, o maior dos últimos 13 anos.

Se não ocorrer problemas climáticos, dificilmente poderá ocorrer elevação do preço neste mercado em 2014, projeta a CNA.