Por mais que as negociações do complexo soja tenham crescido 12,5% em 2014 no comparativo com o ano passado, os embarques totais do agronegócio mato-grossense tiveram apenas 0,89% de evolução. A "freada" nas vendas é decorrente a redução da compra do milho, que caíram 55,1% diante o bom desempenho da safra norte-americana. Quem também segue em queda é o algodão de 43,59%.

De janeiro a julho, de acordo com a Balança Comercial do Agronegócio, divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), US$ 9,95 bilhões em commodities foram embarcadas de Mato Grosso com destino a outros países, no mesmo período haviam sido US$ 9,86 milhões negociados. Em termos de volume 2014 despachou pouco mais de 19,8 milhões de toneladas, enquanto em 2013 haviam sido pouco mais de 18,7 milhões de toneladas.

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Somente o complexo soja enviou US$ 8,02 bilhões, 12,50% a mais que os US$ 7,13 bilhões do ano passado. Em soja em grãos foram US$ 6,45 bilhões, salto de 15,68% ante os US$ 5,58 bilhões. Os envios de farelo de soja subiram 4,45%, enquanto de óleo de soja caíram uma média de 19,78%.

Carne bovina segura segmento de carnes

De acordo com o Mapa, o segmento de carnes registrou aumento de 6,01% de janeiro a julho deste ano, saltando de US$ 904,1 milhões para US$ 958,4 milhões negociados de um ano para o outro. Os envios de carne bovina são os responsáveis por este desempenho com US$ 748,4 milhões negociados, montante este 23,82% superior aos US$ 604,4 milhões de 2013. Um dos motivos para o saldo positivo é a reabertura dos portos russos para as carnes bovinas mato-grossenses.

A carne de frango registrou queda de 31,83%, sendo exportados apenas US$ 187,7 milhões até o sétimo mês de 2014. Já para a carne suína o Mapa apresenta uma diminuição de apenas 19,68% nas negociações, tendo 2014 enviado US$ 4,51 milhões, as expectativas é que o cenário na suinocultura mude com a reabilitação de uma planta frigorífica para enviar para a Rússia.

Cereais e fibras despencam

Com a melhora das últimas duas safras, sendo uma delas a atual, de milho nos Estados Unidos e no Brasil, os embarques do cereal tiveram redução de 55,10% nas negociações. Enquanto o ano passado US$ 1,38 milhões haviam sido negociados, neste ano foram apenas US$ 622,1 milhões até julho.

Seguindo a tendência de 2013, as exportações de algodão continuam em queda, conforme o Mapa. Em 2014, até julho foram US$ 179,7 milhões negociados contra US$ 318,6 milhões em 2013 no mesmo período.

Demais produtos

Os produtos florestais tiveram redução de 10,58% nas negociações somando apenas US$ 54,03 milhões em sete meses. Em contrapartida o setor de couros e produtos de couro e peleteria registraram 100,44% de aumento, saltando de US$ 35,6 milhões para US$ 71,5 milhões, motivado pelos envios de couro/peles de bovinos.